Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

BAPTISTA BASTOS - O CERCO À LIBERDADE

Pairam graves ameaças à livre expressão do pensamento. Este Governo estatuiu, com a aprovação de uma bancada maioritária e servil, um documento restritivo do que foi a maior das conquistas de Abril. Agora, as confederações patronais, sublinham o novo Estatuto do Jornalista, justapondo-lhe exigências ainda mais pesadas e que contrariam o próprio espírito da Constituição. Estamos perante uma situação sem paralelo na história portuguesa das três últimas décadas

O cerco à liberdade de expressão não é uma fantasia de jornalistas desguarnecidos. Associa-se à ofensiva anti-social (não tenhamos medo das palavras) deste Governo. Noutros países a doutrina foi experimentada. Não resultou totalmente. Mas criou mazelas no corpo da democracia. A globalização exige dependência, sujeição e obediência. Mas a própria globalização está em crise. Os fabulosos lucros obtidos pelas multinacionais e pelos modernamente chamados "bancos federados" determinaram que se voltasse a redefinir os campos, e se exigisse a reabertura do debate de princípios, de que precisa, afinal, para a sua própria sobrevivência.
Estes problemas estão a suscitar a atenção de muitos comentadores políticos e filósofos sociais. Lá fora, bem entendido. Por cá, todos bem.

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