Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

CADA HOMEM É UMA RAÇA


Minha raça sou eu mesmo. A pessoa é uma humanidade individual.Cada homem é uma raça, senhor policia ( Cada homem é uma raça- Mia Couto)
A cara dela era linda,apesar.Excluida do corpo, era até de acender desejos.Mas se às arrecuas, lhe espreitassem inteira, logo se anulava tal lindeza.Nós lhe víamos vagueando nos passeios, com seus passinhos curtos,quase juntosNos jardins ela se entretinha: falava com as estátuas.Das doenças que sofria eram coisas de silêncio escondido,ninguém via nem ouvia.Mas palavrear com estátuas,isso não, mimguém podia aceitar. Porque a alma que ela punha nessas conversas era mesmo de assustar.Ela queria curar a cicatriz das pedras? Com maternal inclibação, consolava cada estátua (Mia Couto, obra citada)

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