A ENGORDA DOS BANCOS (2)
Nos Bancos, o marketing funciona melhor que numa feira popular.Oferecem-se telemóveis , viagens, cartões de débito e de crédito, produtos financeiros atraentes e todo um conjunto de bens de 1ª geração. Enfim, um mundo de facilidades, susceptível de seduzir os mais prevenidos.
No entanto, a realidade é bem diversa.
Os cidadãos comuns se querem adquirir uma habitação, criar um negócio ou fazer qualquer outra operação que o obrigue a contactar os Bancos, esbarra com uma muralha de indiferença e arrogância como se vivêssemos em plena idade média.
Os dirigentes, aos mais diversos níveis, assumem ares de samurai.Olham por cima do ombro. O seu diálogo com o cliente confunde-se com um concurso televisivo. Pergunta e resposta e um eventual prémio pelo meio. Depois, tecem a teia das exigências. Garantias reais, avalistas, bens penhoráveis. Nunca explicam tudo, optam por torturar, sem pressas, o cliente anónimo e incauto que os procurou
Depois da tortura das caminhadas e telefonemas infindáveis, o Banco “faz-se de difícil” numa verdadeira operação de charme, de sedução!
Depois, se há incumprimento, mesmo que justificado, os clientes são perseguidos até ficarem de tanga.
Muitos dos trabalhadores bancários presta-se a este tipo de manobras. Assumem os tiques dos chefes, e esquecem-se que não recebem as horas extrordinárias a que têm direito, não têm horário e a precaridade laboral é também uma realidade para muitos destes trabalhadores
Enfim, os Bancos são o paradigma acabado de instituições parasitárias e tentaculares, a um só tempo.
Nada produzem, vivem da especulação e de benefícios fiscais escandalosos. São, de facto, um estado dentro dum estado.
E os lucros? Eis um excerto localizado no www.net.esquerda:
“Os cinco maiores bancos a operar em Portugal, obtiveram lucros de 2.204,8 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 13% que em igual período de 2006.Ou seja, lucraram cerca de 8 milhões de euros por dia, em grande parte devido ao aumento das comissões cobradas aos clientes. O Banco Espirito Santo foi o que mais cresceu, com um aumento de cerca de 60% nos lucros.
A soma dos lucros da CGD, do BCP, do BES, do Santander Totta e do BPI, nos três primeiros trimestres deste ano, superou os 2 milhões e 200 mil euros.
3 comentários:
E os que menos ganham ainda pagam para lá ter e ser depositado o ordenado que não deverá gastar todo.(saldos médios mensais - manutenção de conta)
Quem paga os ordenados tem benefícios proporcionais aos valores depositados, e quem lucra, é sempre e só, quem tem muito dinheiro. Não faltará muito para voltar a guardar o dinheiro no colchão ou numa panela enterrada no quintal.
anA
Se possível, aproveitamos a panela e fazemos uma espécie de caldo de pedra pobre, isto é, sem carnes,para que da dieta dos Bancos resulte algum benefício para os que habitam o rés-do-chão da escala social
Abraço
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