ENTREGAR À RAPOSA A CHAVE DO GALINHEIRO
O cepticismo quase generalizado em relação à politica e à governação, tende a destruir, na sociedade actual, a ideia de que o homem é um animal eminentemente político.
Edificar um Estado de direito em espaços anteriormente flagelados por décadas de autoritarismo, de incultura e de repressão, apresentou-se como um desafio à audácia e à imaginação de sociedades recém-libertas de regimes colonial-fascistas.
Os elevados índices de analfabetismo no ex-império e nas ex-colónias, a escassez de quadros técnica e academicamente preparados, economias incipientes, pouco desenvolvidas, isolados do mundo, são algumas das heranças do passado que era urgente ultrapassar.
Os desenvolvimentos pós libertação provocaram o desencanto da grande maioria dos cidadãos que se remeteu para um cepticismo feroz, traduzido na célebre expressão : “ os políticos são todos uma merda”
A miragem duma sociedade mais justa e solidária desmoronou-se como um baralho de cartas.
A frustração gerada pelos acção dos diversos executivos que nos governaram produziu um mal estar em cadeia
A descredibilização da politica e dos políticos instalou-se, com armas e bagagens, e para ficar.
Nos dias de hoje, uma fatia significativa dos cidadãos questiona o ritual eleitoral e a abstenção não pára de crescer.
Nas nossas terras, os contorcionismos da grande burguesia, travestida de democrática, agudizam-se pelo carácter desinformativo e anestesiante dos media ao seu serviço.
A velha táctica de dividir para reinar obteve, inevitavelmente, algumas vitórias. O instinto de posse fragiliza alguns trabalhadores e torna-os presas fáceis e à mercê dos apelos ao consumismo.
A solidariedade, pelo contrário, exige um pouco mais de todos. A comunidade, o primado do bem geral sobre o individual empurra para os braços da direita o que deveria manter-se no campo oposto.
O combate aos sindicatos e ao espírito sindical processa-se em várias frentes.
Enfim, temos o país e os governantes que merecemos. Nada mais.
Que fazer?
Como diz Mata Harnecker, devemos procurar mostrar que a politica não é arte do possível, mas a arte de construir a força social e politica capaz de mudar a realidade, tornando possível, no futuro, o que hoje nos parece impossível.
A capitulação, o desalento, o cruzar de braços, o deixa-andar não nos leva a lado nenhum. Não podemos renunciar ao combate de ideias e à luta por uma sociedade mais justa.
Se não participarmos na politica, continuaremos a ser governados por arrivistas, incompetentes e corruptos. Seremos governados pela lei da selva
Edificar um Estado de direito em espaços anteriormente flagelados por décadas de autoritarismo, de incultura e de repressão, apresentou-se como um desafio à audácia e à imaginação de sociedades recém-libertas de regimes colonial-fascistas.
Os elevados índices de analfabetismo no ex-império e nas ex-colónias, a escassez de quadros técnica e academicamente preparados, economias incipientes, pouco desenvolvidas, isolados do mundo, são algumas das heranças do passado que era urgente ultrapassar.
Os desenvolvimentos pós libertação provocaram o desencanto da grande maioria dos cidadãos que se remeteu para um cepticismo feroz, traduzido na célebre expressão : “ os políticos são todos uma merda”
A miragem duma sociedade mais justa e solidária desmoronou-se como um baralho de cartas.
A frustração gerada pelos acção dos diversos executivos que nos governaram produziu um mal estar em cadeia
A descredibilização da politica e dos políticos instalou-se, com armas e bagagens, e para ficar.
Nos dias de hoje, uma fatia significativa dos cidadãos questiona o ritual eleitoral e a abstenção não pára de crescer.
Nas nossas terras, os contorcionismos da grande burguesia, travestida de democrática, agudizam-se pelo carácter desinformativo e anestesiante dos media ao seu serviço.
A velha táctica de dividir para reinar obteve, inevitavelmente, algumas vitórias. O instinto de posse fragiliza alguns trabalhadores e torna-os presas fáceis e à mercê dos apelos ao consumismo.
A solidariedade, pelo contrário, exige um pouco mais de todos. A comunidade, o primado do bem geral sobre o individual empurra para os braços da direita o que deveria manter-se no campo oposto.
O combate aos sindicatos e ao espírito sindical processa-se em várias frentes.
Enfim, temos o país e os governantes que merecemos. Nada mais.
Que fazer?
Como diz Mata Harnecker, devemos procurar mostrar que a politica não é arte do possível, mas a arte de construir a força social e politica capaz de mudar a realidade, tornando possível, no futuro, o que hoje nos parece impossível.
A capitulação, o desalento, o cruzar de braços, o deixa-andar não nos leva a lado nenhum. Não podemos renunciar ao combate de ideias e à luta por uma sociedade mais justa.
Se não participarmos na politica, continuaremos a ser governados por arrivistas, incompetentes e corruptos. Seremos governados pela lei da selva
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