Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 13 de novembro de 2007

SOMÁLIS FOGEM EM MASSA DE MOGADISCIO


Forças governamentais e da Etiópia encerraram o principal mercado da capital somali, Mogadíscio, para efectuarem uma operação de busca aos insurrectos islâmicos que, no domingo, dispararam rondas de morteiro contra o palácio presidencial.
Muitos dos insurrectos permanecem escondidos no centro da cidade desde pesados recontros na semana passada que custaram a vida a pelo menos oitenta pessoas. Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tinha lembrado à comunidade internacional que, no total, um milhão e meio de somalis necessitava de assistência humanitária, o que representava um aumento de 50% desde o início do anoPeter Takirambudde, director para África do grupo de direitos humanos, Human Rights Watch, considerou no entanto à BBC que as Nações Unidas tinham a obrigação de estabelecer a paz.
"Não se trata de uma opção para a ONU. Se não há paz para manter, então a ONU deve estabelecer a paz. Se isto fosse no Líbano, o Conselho de Segurança teria resolvido a questão. O que se passa aqui é desprezo internacional pelo valor da vida africana”, denunciou.

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