CIMEIRA UE-ÁFRICA E A TEATRALIZAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Foram mais que muitas as peripécias na cimeira da UE-ÁFRICA, realizada este fim de semana em Lisboa.
As críticas a Mugabe e sua devolução aos destinatários por os considerar, os porta-vozes, o bando dos quatro, de Gordon Brown. Confira aqui
A União Europeia admite prolongar para 2008 a negociação dos novos acordos de parceria económica (APE) com África, face à oposição que continua a ser mantida por países como o Senegal, Nigéria e África do Sul. Não será cumprido o prazo definido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para a negociação dos APE, que deveriam estar concluídos até 31 de Dezembro.
Os APE são acordos temporários que se destinam a substituir o actual Regime de Comércio Preferencial, mas que a OMC considera contrário às regras internacionais de comércio.
Uma das novidades desta segunda cimeira União Europeia-África foi a abertura à sociedade civilLeia aqui
Em representação da sociedade civil africana, Taoufik Ben Abdallah afirmando que a dita mudança de discurso da Europa em relação a África “não é genuína, é uma treta”. “Não é a visão da Europa que está a mudar, é a realidade que está a mudar”, vincou.
O outro objectivo da Europa, acrescentou, prende-se com “impor uma agenda no comércio”, através dos APE. Continue aqui
As críticas a Mugabe e sua devolução aos destinatários por os considerar, os porta-vozes, o bando dos quatro, de Gordon Brown. Confira aqui
A União Europeia admite prolongar para 2008 a negociação dos novos acordos de parceria económica (APE) com África, face à oposição que continua a ser mantida por países como o Senegal, Nigéria e África do Sul. Não será cumprido o prazo definido pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para a negociação dos APE, que deveriam estar concluídos até 31 de Dezembro.
Os APE são acordos temporários que se destinam a substituir o actual Regime de Comércio Preferencial, mas que a OMC considera contrário às regras internacionais de comércio.
Uma das novidades desta segunda cimeira União Europeia-África foi a abertura à sociedade civilLeia aqui
Em representação da sociedade civil africana, Taoufik Ben Abdallah afirmando que a dita mudança de discurso da Europa em relação a África “não é genuína, é uma treta”. “Não é a visão da Europa que está a mudar, é a realidade que está a mudar”, vincou.
O outro objectivo da Europa, acrescentou, prende-se com “impor uma agenda no comércio”, através dos APE. Continue aqui
À MARGEM DA CIMEIRA
Com este circo, a Europa finge-se preocupada com os direitos humanos no continente africano, mas nem uma palavra sobre o genocídio do Darfur. Nem tem vergonha de se sentar à mesma mesa com outros ditadores, desde que, estes não belisquem os interesses neocoloniais da Europa.
Aliás, a birra do senhor Brown e o "empenho" do senhor Sócrates relativamente ao convite (ou não) ao senhor Mugabe só têm um nome: o confronto entre o imperialismo luso em deliquescência e o imperialismo britânico no quadro da chamada "realpolitik"! Não será caso para se perguntar, qual afinal é o critério empregue pelos tais defensores da democracia, da liberdade, dos direitos humanos e do progresso económico em África quando, pelos vistos, dormem descansados com a presença dos piores ditadores africanos em Lisboa?
Aliás, a birra do senhor Brown e o "empenho" do senhor Sócrates relativamente ao convite (ou não) ao senhor Mugabe só têm um nome: o confronto entre o imperialismo luso em deliquescência e o imperialismo britânico no quadro da chamada "realpolitik"! Não será caso para se perguntar, qual afinal é o critério empregue pelos tais defensores da democracia, da liberdade, dos direitos humanos e do progresso económico em África quando, pelos vistos, dormem descansados com a presença dos piores ditadores africanos em Lisboa?
Omar Bongo do Gabão, há um mais de um quarto de século no poder; Blaise Compaoré do Burkina Fasso, fomentador e financiador das maiores atrocidades cometidas em África Khadafi, no poder desde 1969 e outrora inimigo número um do Ocidente; o sanguinário predador das liberdades, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, no poder desde 1979 na Guiné-Equatorial; Omar El Bachir do Sudão, há décadas no poder e patrocinador do actual genocídio do Darfur; José Eduardo dos Santos que transformou as receitas das matérias-primas angolanas em bens e riqueza pessoal e familiar, no poder desde 1979 em Angola; Hosni Mubarak, o déspota egípcio desde 1981 no poder no Cairo e que prepara a sua sucessão para o filho Gamal etc, etc.
excertos de "Mugabe não poderá ser a árvore que esconde a floresta" de Mamadou Ba (dirigente do SOS Racismo e Licenciado em Língua e Literatura Portuguesas pela Universidade de Dacar (Senegal) Confira aqui
excertos de "Mugabe não poderá ser a árvore que esconde a floresta" de Mamadou Ba (dirigente do SOS Racismo e Licenciado em Língua e Literatura Portuguesas pela Universidade de Dacar (Senegal) Confira aqui
Fórum Mundial pela Soberania Alimentar realizado no Mali (África).Confira aqui
Externalização das fronteiras: um mecanismo que visa esconder as responsabilidades.Leia aqui
"Há enormes quantidades de dinheiro e de recursos naturais que são pilhados pelas multinacionais e pelos nossos próprios dirigentes", denunciou Brice Mackosso da República Democrática do Congo, na cimeira alternativa África Europa, que decorre em Lisboa. Confira
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