Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 9 de dezembro de 2007

TODOS NA GARE DO ORIENTE


Contra Kadhafi. A favor de Kadhafi. Contra Mugabe. A favor de Mugabe. Pelos direitos das crianças. Pela libertação de Cabinda. Contra a África “parasita”. Esta manhã, a Gare do Oriente foi de todos. E nem tudo foi pacífico. O corpo de intervenção da PSP teve de intervir para separar alguns manifestantes, o que resultou num ferido ligeiro e numa detenção.
Enquanto se ouviam as vozes de sete crianças de Angola, Serra Leoa, Etiópia e Reino Unido, reclamando que “não podem esperar”, Claire Beston, da organização Save the Children, recordava que 4,8 milhões de crianças não chegarão ao próximo aniversário por “causas muito simples, que podem ser prevenidas e tratadas, como a diarreia e a pneumonia”. “Eles [os líderes europeus e africanos] não estão a cumprir as suas promessas”, insistia, sublinhando que a diminuição da mortalidade infantil integra os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio

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