A FALTA OU O EXCESSO DE MEMÓRIA
Os que esquecem o passado estão condenados a repeti-lo" - George Santayana
O que Kierkegaard designou de "o passado presente" deixou de constituir a reserva ética da Imprensa. Na sociedade, o exercício de recordação passou a ser um incómodo, para não dizer uma maçada. Na política, o apagamento da memória associa-se à carência de moral e corresponde à estratégia do "pragmatismo", eufemismo inesgotável das traições mais vis.." Há quem saúda os erros com aplausos. Neste caso, creio que a pressa em "pacificar" o País originou amolgadelas na própria recepção do ideal democrático, afinal "servido" por gente que nada tinha a ver com os fundamentos desses ideais.Quando Mário Soares repete o que tem vindo a dizer: "Gostaria que o PS se voltasse um bocadinho para a Esquerda", ele sabe, muitíssimo bem, que a viragem é impossível com esta gente. Ela não se nutre na moral, despreza a ética, tripudia sobre a ideologia, está ferida de autoritarismo grosseiro. Sobretudo, não tem memória e combate quem a ilumina.
Sem comentários:
Enviar um comentário