Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 2 de dezembro de 2007

GREVE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Para o Governo, a greve de ontem não teve efeitos relevantes. Em conferência de imprensa, o secretário de Estado da Administração Pública garantiu que a paralisação "não perturbou o normal funcionamento dos serviços públicos".E detalhou: 80% das escolas estiveram abertas, o mesmo acontecendo com 90% das faculdades, dos centros de saúde e dos balcões da Segurança Social, com 80% das conservatórias. Os centros de emprego e as lojas do cidadão estiveram todos abertos, acrescentou.Para os sindicatos, a conversa é outra. As três estruturas sindicais fizeram um "balanço francamente positivo" do protesto e aguardam agora uma alteração da atitude negocial do Governo. Em conferência conjunta, os dirigentes sindicais anunciaram uma adesão de 80% e identificaram a administração local (que não está reflectida nos dados do Governo que se referem apenas à administração central), a saúde, a segurança social, a educação e a justiça como os sectores mais afectados.

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