Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

IMIGRANTES NO ALGARVE


Imigrantes ilegais, 18 homens e cinco mulheres, com idades entre os 25 e os 30 anos, foram localizados ao final da manhã de hoje, próximo da ilha da Culatra, a bordo de um pequeno barco de madeira a motor.
Alguns dos imigrantes continuam a receber assistência médica por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica e dois deles foram transportados para o Hospital de Faro, com sinais de hipotermia.
Os 23 imigrantes vão passar a noite nas instalações do SEF no aeroporto de Faro e serão presentes amanhã ao Tribunal de Olhão.
No meio disto, o que me anima são os comentários dos leitores do Público, produzidos quando da publicação desta notícia

Alberto Maximino de Almeida, Roma-Itàlia-
De facto, quando vimos a forma como as autoridades portuguesas deram "as boas-vindas" aos que arriscaram a vida para terem melhores condiçòes de vida, dà a impressào que foram capturados pelas nossa polìcia, criminosos perigosos que é necessàrio meter na prisào antes que façam algum crime que possa pòr em perigo a segurança do Estado portuguès. Nào podìamos ter terminado melhor o nosso semestre em que presidimos aos destinos da U.E.! N.B: Recomenda-se ao S.E-F. que observe o que tem feito até agora o governo de "nuestros hermanos"...

Comentário 17.12.2007 - 21h35 - Anónimo, Coimbra
Na verdade, também eu ao assistir às imagens televisivas, fiquei chocado com a GNR. Amanhã, quando os imigrantes marroquinos forem presentes no Tribunal de Olhão, quem devia ser julgado por mau desempenho profissional era o grupo dos GNR e SEF que actuaram no terreno de detenção. Não é assim que se trata um ser humano que apenas procura melhores condições de vida. No país vizinho, flagelado com este tipo de imigração, acolhem-nos com maior humanização e depois procedem de acordo com a vias legais, Aqui em Portugal, mais concretamente neste caso, até o desgraçado que precisava de apoio médico teve um auxilio medíocre e deplorável. É esta a qualificação profissional que o sr. José Sócrates reclama para o país? Ou a nossa polícia (GNR) gosta de espectáculo gratuito quando se apercebe que há câmaras de televisão? Os nossos avós não nos ensinaram isto, Portugal é um país respeitador dos direitos humanos e estes indivíduos da GNR devem ter uma formação de solidariedade social e distinguir a necessidade da imposição da força como segurança pública e uma actuação ainda que por delito, as pessoas fragilizadas e praticamente inofensivas. O sr. Ministro da Administração Interna tem a palavra!

1 comentário:

Anónimo disse...
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