Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

É A POBREZA, PÁ!


2007 parecia entrar bem com a despenalização do aborto, símbolo humanista e de género, arrancado em referendo, apesar do governo ter periclitado
Logo veio o cortejo de medidas do executivo, "reformas" para a ideologia dominante, perda de direitos sociais para a maioria dos cidadãos.
A defesa do "estado social" para Sócrates traduz-se na desvalorização consecutiva das suas prestações. Não confundamos estado social com estado sucata.
Continua a turbulência de um Serviço Nacional de Saúde mal gerido, mas cheio de oportunidades para o sector privado.
Despedimentos encapotados, a par da liberalização de contratos de trabalho por forma a alargar a rede clientelar.
As famosas entidades reguladoras são a maior fraude política do capitalismo liberal. São supostas "regular" o mercado e têm tanta eficácia como um semáforo avariado.
Chegamos à mais alta taxa de desemprego em duas décadas . Os índices de pobreza regrediram mais de uma década.
E o ano não chega ao fim sem um aviso do que será o próximo código de trabalho: liberalização de despedimentos e horários, esvaziamento da contratação colectiva. Tudo em nome do chavão do ano: a flexigurança.
As expectativas relativamente à regularização dos imigrantes redundaram num processo a conta-gotas, pese a publicidade. Confira aqui

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