Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 2 de dezembro de 2007

RESPOSTA PARA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Clima: "É crucial envolver mais os países em desenvolvimento"

O mundo volta os olhos para Bali, à espera de respostas para as mudanças climáticas. Uma das metas é envolver mais os países em desenvolvimento, afirma Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção do Clima.
A 13ª Conferência das Partes da Convenção do Clima começa nesta segunda-feira (03/12) em Bali, na Indonésia, cercada de expectativas: é lá que deverão ser traçados os planos e metas para tentar brecar as mudanças climáticas nos próximos anos.
A hora é de agir, cobra Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC, na sigla em inglês). Em entrevista à Deutsche Welle, ele falou sobre o que precisa ser feito na Convenção em Bali, sobre suas expectativas em relação aos países em desenvolvimento e sobre o papel desempenhado pelo Brasil dentro da nova ordem climática mundial.
DW-WORLD.DE: O futuro das políticas climáticas internacionais está no centro das discussões planejadas para a Convenção do Clima em Bali. O que precisa acontecer no evento para que ele possa ser considerado um sucesso?
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Yvo de Boer: Bali vem em um momento crucial. Acabamos de ter três relatórios muito importantes da comunidade científica representada pelo IPCC. Esses relatórios disseram que nós, seres humanos, somos responsáveis por estes problemas; disseram quais serão as consequências das mudanças climáticas se deixarmos de agir; e disseram que hoje temos muitas das tecnologias de que precisamos para chegar a uma solução nesta questão.
Então, a mensagem da comunidade científica está translúcida. A questão agora é a resposta política a ser dada. E Bali é o momento para esta resposta. Os cientistas estão nos dizendo que temos um período relativamente curto, de 10 a 15 anos, para conseguirmos fazer as emissões globais diminuirem em vez de crescerem.
Isso significa que Bali precisa lançar as negociações para uma política em mudanças climáticas de longo prazo. Precisa decidir qual é a agenda necessária para essas negociações e precisa estabelecer um prazo final para completar essas negociações.

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