Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

QUÉNIA EM CONVULSÃO



Sete pessoas foram mortas pela polícia num bairro dos arredores de Nairobi, segundo o líder da oposição, Raila Odinga, cujo partido convocou três dias consecutivos de manifestações para protestar contra a reeleição do presidente Mwai Kibaki
As mortes ocorreram no bairro de lata de Mathare, um dos bastiões do Movimento Democrático Laranja (ODM, oposição).
Raila Odinga, que falava numa conferência de imprensa, disse igualmente que, desde finais de Dezembro, foram mortas cerca de mil pessoas nos distúrbios étnico-políticos, número que foi apurado tanto pelo seu partido como pela comissão de direitos humanos do Quénia.
"Kibaki está a transformar-se em Mugabe", disse Raila Odinga, referindo-se ao presidente do Zimbabué, Robert Mugabe.
"Um governo que dispara contra o seu povo não merece esse nome", disse também, apelando para sanções internacionais contra o governo de Kibaki e para o julgamento por tribunais internacionais dos responsáveis pelas mortes de manifestantes.
O Quénia atravessa uma crise política desde as contestadas eleições presidenciais de 27 de Dezembro, em que o vencedor oficial foi o actual presidente, Mwai Kibaki, mas que a oposição assegura ter vencido.
O ODM convocou por isso três dias de manifestações - quarta, quinta e sexta-feira -, mas, logo no primeiro dia, os protestos ficaram marcados pela morte de pelo menos quatro pessoas.

Veja imagens do conflito, aqui

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