Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A UNILATERALIDADE DA JUSTIÇA AMERICANA E SEUS MUCHACHOS


O guerrilheiro colombiano Ricardo Palmera, conhecido como Simón Trinidad, um dos chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi condenado pela justiça dos Estados Unidos a 60 anos de prisão, depois de ser sido julgado como culpado por conspirar o seqüestro de três cidadãos norte-americanos.
Os três norte-americanos, que prestavam serviços ao Pentágono, foram seqüestrados em fevereiro de 2003 e ainda estão sob poder das Farc.
Tanto os reféns norte-americanos como Trinidad foram discutidos como peças de uma troca humanitária durante as recentes negociações entre o
governo da Colômbia e as Farc.

Leia a outra versão
No final de Dezembro de 2003, Trinidad deslocou-se a Quito, no Equador para contactar James Lemoyne sobre possíveis negociações de paz com o governo colombiano
Sob a direcção da CIA, um esquadrão conjunto colombiano-equatoriano deteve Trinidad ilegalmente. Toda esta operação violou a soberania do Equador, os procedimentos judiciais e os direitos de asilo político. As detenções extra-territoriais de líderes da oposição e a sua transferência para tribunais imperialistas assemelham-se às práticas do Império Romano e não à lei internacional contemporânea
Enquanto em cativeiro, Trinidad viu-lhe ser recusado o acesso a traduções, documentos e materiais de escrita. Foi algemado e metido numa cela solitária durante 23 horas por dia durante mais de 21 meses sem acesso a um advogado legal. O juiz federal, Thomas Hogan, e o promotor federal actuaram em prejuízo do julgamento mesmo antes de este começar. Mais de 30 polícias armados numa caravana de veículos da polícia acompanhada por helicópteros levaram Trinidad, algemado, até ao tribunal. Recusaram-lhe a escolha do advogado e atribuíram-lhe uma equipa de advogados nomeados pelo tribunal.( James Petras, ex-professor de sociologia na universidade de Binghamton, Nova Iorque) .Continue a ler
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