Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

VENEZUELA: CHAVEZ AMNISTIA GOLPISTAS DE 2002


O presidente venezuelano promulgou segunda-feira uma amnistia política para os presos ou processados por delitos políticos, principalmente os implicados no golpe de Estado que o derrubou durante 48 horas em 2002 e um indulto para os presos comuns.
Hugo Chavez não precisou o número de pessoas que beneficiarão desta amnistia, da qual está excluído o antigo governador do Estado de Miranda, Enrique Mendoza, acusado de ter tomado o controlo da televisão VTV em Abril de 2002.
O chefe de Estado venezuelano declarou que concedia esta amnistia que abrange também as pessoas detidas no âmbito da «greve petrolífera» de Dezembro de 2002 e Janeiro de 2003 para «enviar um sinal ao país», de que é possível «viver juntos com as diferenças».
Depois de destacar que na Venezuela não existem presos por expressarem as suas ideias políticas, pelo que «ninguém pode falar de presos políticos nem de perseguidos políticos», Chavez explicou que os beneficiados com a sua decisão cometeram delitos políticos e que a sua sorte foi ou estava a ser decidida pelos tribunais.
«Políticos presos não são os presos políticos», acrescentou e destacou que «a maioria» deles «está em casa e com proibição de sair do país».
A amnistia deve ser entendida como «uma demonstração de que queremos a paz (...) que ocorra um debate forte, mas em paz», assinalou.
A tomada violenta do palácio, de sedes do governo regionais, a privação ilegítima da liberdade de funcionários e outros factos que marcaram o golpe de estado de 11 de Abril de 2002 caem na alçada da amnistia.

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