Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ADVOGADOS DE TODO O MUNDO EXIGEM A BUSH ENCERRAMENTO DA PRISÃO DE GUANTANÁMO


Segundo a Agência Lusa, trinta e quatro Ordens e Associações de Advogados de todo o mundo, incluindo a Ordem dos Advogados Portugueses, exigiram ao Presidente norte-americano, George Bush, o encerramento da prisão de Guantánamo.
Numa carta enviada a 12 de Fevereiro a George Bush e hoje divulgada, o bastonário da OA, António Marinho Pinto, considera que a prisão de Guantánamo "representa em matéria de Justiça um perigoso retrocesso civilizacional a que urge pôr termo".
"O combate ao terrorismo tem de se efectuar em nome de valores que sejam aquisições irreversíveis da Humanidade. De entre esses valores emergem o princípio da legalidade em direito penal e, sobretudo, o do respeito absoluto pela dignidade da pessoa humana", refere o bastonário.
No entender da OA, "a prisão de Guántanamo fere de forma chocante os valores essenciais das comunidades modernas".
A missiva enviada a George Bush foi assinada por várias Associações e Ordens de Advogados de países como Austrália, Espanha, Iraque, Turquia, África do Sul, Canadá, Inglaterra e França, entre outros.
"Não podemos ficar calados. É tempo de todos, incluindo os Governos, pressionarem no sentido de pôr fim aos tratamentos desumanos infringidos aos prisioneiros de Guantánamo e acabar com a violação dos direitos humanos", lê-se na carta, que conclui: "Seis anos depois da abertura de Guantánamo é tempo de fechar as portas".
A prisão de Guantánamo fica situada numa baia localizada a sul da ilha de Cuba.
A baía foi concedida aos Estados Unidos como estação naval em 1903 e aí foi construída uma base naval norte-americana, onde se encontram os prisioneiros das guerras do Afeganistão e Iraque.
A manutenção da base de Guantánamo não tem suporte legal em nenhuma convenção internacional, pelo que é difícil fiscalizar o seu funcionamento.
Os Estados Unidos não permitem que a ONU inspeccione as condições da base e do tratamento recebido pelos prisioneiros.Confira aqui
Ainda segundo a Lusa, Moazzam Begg, um ex-prisioneiro em Guantanamo que terá alegadamente sido transportado pelo espaço aéreo português, disse hoje esperar que Lisboa reconheça responsabilidades, mas nega pretender uma indemnização. Ler aqui

Sem comentários: