Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 16 de fevereiro de 2008

ÁFRICA E A RETOMA DAS NEGOCIAÇÕES COM A UE


Na segunda Conferência União Européia-África, em Lisboa, no final de Dezembro, a UE exigiu aos países da África, do Caribe e do Pacífico que assinassem acordo multilateral permitindo a entrada em seus mercados de mercadorias e serviços da UE, isentos de taxs alfandegárias; no mesmo documento, a UE dizia que iria tarifar importações de produtos africanos como açúcar, carne e banana porque o produtor europeu não poderia ser prejudicado.
O presidente do Senegal, Abdulaye Wade, foi o primeiro a denunciar a proposta criminosa e se recusou a assinar o acordo, abandonando ruidosamente a reunião.
O presidente da África do Sul, Thabo M’Beki, apoiou de imediato o colega senegalês.
A Namíbia também tomou a corajosa decisão de não assinar nada, uma vez que o aumento das taxas alfandegárias da União Européia sobre a carne bovina marcaria o fim de suas exportações.
Barroso, presidente da Comissão Européia, foi obrigado a aceitar a reivindicação dos países africanos e vai retomar as negociações agora, em Fevereiro.
Já vai longe o tempo em que a Europa podia impor desastrosos programas de ajuste estrutural à África. ? Leia aqui
Imagem tirada daqui

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