Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A SUBORDINAÇÃO DAS ECONOMIAS NACIONAIS


O neoliberalismo, sob o pretexto de controlar a inflacção, construiu sociedades radicalmente desiguais a partir da crença em que os elevados recursos que seriam concentrados nas mãos dos ricos pudessem dar origem a uma autêntica elevação dos níveis de investimentos.Essa estratégia, ancorada em políticas de "exclusão social", pode não ter servido para a retoma do investimento produtivo (foi a especulação financeira a maior beneficiada por esse processo) contudo, facilitou, em muito, o aumento da subordinação das economias nacionais aos ditames dos Fundos Internacionais.Mediante a ação de instâncias de poder como o Banco Mundial, o FMI, a Organização Mundial do Comércio, assim como a intervenção militar norte-americana protegida pela bandeira da ONU – Guerra do Golfo, Guerra dos Balcãs... -, o imperialismo dispõe nos dias de hoje, de um inédito sistema mundial de poder. Graças à chantagem da dívida ou ao poderio militar norte-americano, o imperialismo exerce sobre os países do Terceiro Mundo uma ditadura muito mais poderosa e implacável que no passado.O FMI e o Banco Mundial condicionam sistematicamente seu "auxílio" financeiro à colocação em prática dos planos elaborados e definidos por sua tecnoburocracia mundial. Numerosos países endividados passam, desse modo, à tutela do sistema financeiro internacional que, por sua vez, recoloniza o Terceiro Mundo.Os países endividados perdem sua soberania econômica e o controle das políticas econômicas e monetárias, A internacionalização da política econômica transforma os países em reservas de força-de-trabalho barata e de recursos naturais acessíveis. Confira aqui

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