Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

KADAFI E A CRIAÇÃO DE MECANISMOS FEDERAIS EM ÁFRICA


Num discurso pronunciado sábado na sessão de encerramento da 10ª cimeira ordinária da União Africana (UA) em Addis Abeba, Kadafi, lamentou a persistência de focos de tensão, conflitos e luta renhida pelo poder em diversos países africanos, citando como exemplos o Tchad, o Quénia, a Somália e as ilhas Comores.
Imputou estas insuficiências à falta de mecanismos federais tais como um Ministério da Defesa no âmbito dum Governo Federal capaz de intervir para pôr fim aos diversos conflitos."Aceitamos o pluralismo e a democracia no modelo imposto pelo Ocidente. Mas, temos de nos questionar sobre as razões das rebeliões contra poderes legítimos.
O guia da Revolução líbia afirmou que a questão urgente, hoje, é a da criação de mecanismos federais para impedir a degradação da situação no continente.Para ele, a União Africana é, na sua estrutura actual e na ausência de mecanismo adequado, incapaz de resolver situações do género das que prevalecem no Quénia e no Tchad."Como a UA pode intervir sem nenhum mecanismo de intervenção como um Ministério da Defesa? Como ajudar as ilhas Comores cujo Presidente solicitou o apoio da UA sem a existência de mecanismos apropriados? Confira aqui

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