A CORRUPÇÃO E O BASTONÁRIO
É verdade que o fim da corrupção não pode efectuar-se magicamente, por decreto. Mas é só meia verdade. Porque é por decreto que o cerco pode ser apertado com eficácia e os grandes corruptos exemplarmente punidos. A indefinição de que gozam essas fantásticas entidades que dão pelo nome de lóbis e impunidade de que gozam ainda as offshores são o mais evidente exemplo do laxismo que por aí corre. Eliminar as offshores na nossa ordem jurídica, não lhes reconhecendo personalidade jurídica, nem lhes permitindo nenhum tipo de actividade no país, e penalizar os que por elas dão a cara seria mais do que suficiente para obrigar os grandes corruptos a mudar de vida ou procurar outras águas para as suas negociatas.
Devíamos, por isso, garantir o nosso apoio e dar mais atenção às denúncias, desassombradas do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que tem ideias claras, não é gago e em boa hora decidiu agitar águas profundas e muito perigosas. Onde nadam todos os grandes, pequenos e médios tubarões deste País.
Mas, curiosamente, quando o bastonário fala dessa mesma corrupção em termos de dissipar as cortinas de fumo que outros querem manter, aparecem logo uns voluntariosos actores com um estranho discurso contraditório, atacando-o violentamente. É vê-los nos jornais e televisões.
É o vale tudo. Inventam. Difamam. Ameaçam. Mas não enganam ninguém. Marinho Pinto limitou-se a dizer que o rei vai nu. É chegado o tempo de separar o trigo do joio
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