Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 5 de março de 2008

A CORRUPÇÃO E O BASTONÁRIO



É verdade que o fim da corrupção não pode efectuar-se magicamente, por decreto. Mas é só meia verdade. Porque é por decreto que o cerco pode ser apertado com eficácia e os grandes corruptos exemplarmente punidos. A indefinição de que gozam essas fantásticas entidades que dão pelo nome de lóbis e impunidade de que gozam ainda as offshores são o mais evidente exemplo do laxismo que por aí corre. Eliminar as offshores na nossa ordem jurídica, não lhes reconhecendo personalidade jurídica, nem lhes permitindo nenhum tipo de actividade no país, e penalizar os que por elas dão a cara seria mais do que suficiente para obrigar os grandes corruptos a mudar de vida ou procurar outras águas para as suas negociatas.
Devíamos, por isso, garantir o nosso apoio e dar mais atenção às denúncias, desassombradas do bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que tem ideias claras, não é gago e em boa hora decidiu agitar águas profundas e muito perigosas. Onde nadam todos os grandes, pequenos e médios tubarões deste País.
Mas, curiosamente, quando o bastonário fala dessa mesma corrupção em termos de dissipar as cortinas de fumo que outros querem manter, aparecem logo uns voluntariosos actores com um estranho discurso contraditório, atacando-o violentamente. É vê-los nos jornais e televisões.
É o vale tudo. Inventam. Difamam. Ameaçam. Mas não enganam ninguém. Marinho Pinto limitou-se a dizer que o rei vai nu. É chegado o tempo de separar o trigo do joio
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