Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

domingo, 30 de março de 2008

IR-SE EMBORA DO IRAQUE


Exceptuando um bando de resistentes e optimistas neoconservadores e de apologistas oficiais do regime Bush, quase toda a gente concorda hoje que os Estados Unidos entraram numa feia e auto-destrutiva confusão no Iraque, onde estão a combater uma guerrilha persistente que não podem vencer. Ao mesmo tempo, um grande número de críticos da invasão americana do Iraque, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, dizem repetidamente que, apesar de tudo, os Estados Unidos não podem simplesmente "ir-se embora".
Não é muito claro o que quer dizer não ir-se embora, mas parece que significa manter tropas e bases dos EUA no Iraque durante um tempo considerável, enquanto os Estados Unidos tentam, em vão, capacitar o governo iraquiano sob a sua tutela para obter algum tipo de controlo razoável sobre o seu território e restaurar uma pitada de vida pacífica aos seus cidadãos.
Há uma longa lista de supostas consequências que parecem, superficialmente, plausíveis. Uma é que o resultado seria uma irrefreável guerra civil no Iraque. Isto pode ser verdade, apesar de muitos iraquianos sentirem que já estão a viver precisamente essa guerra civil, mesmo com tropas dos EUA em cena.
Ir-se embora será realmente difícil e doloroso. Mas a retirada é tão necessária para os Estados Unidos como o é a abstinência para um alcoólico, dando o primeiro passo no caminho da total renúncia ao vício.Confira aqui


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