Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 14 de março de 2008

RECUANDO NA COLÔMBIA, AO ANO DE 1984


Em 1984, o governo colombiano de Belisario Betancourt e as Farc abriram um processo de conversações,que evoluiu para um acordo, em cujo leito os guerrilheiros – como aconteceu em tantos outros países – caminhariam para a legalidade, e a disputa do poder,pela via eleitoral. Sob estes auspícios nasceu, no ano seguinte, a União Patriótica (UP), partido destinado a defender os pleitos das FARC. Porém, no mesmo ano, deflagraram as perseguições e os massacres pelo próprio Estado ou com a sua anuência. Em 1988, 40 militantes foram executados na praça pública, na cidade de Segóvia. Também foram assassinados dois candidatos presidenciais, Jaime Pardo Leal e Bernardo Jaramillo Ossa, o primeiro em 1987 e o segundo em 1990.
Três anos mais tarde, a UP perderia, igualmente por assassinato, seu último senador, Manuel Cepeda Vargas. Antes, oito parlamentares da UP já haviam sido executados. Houve mais de 30 atentados à bomba contra os comitês da UP. Calcula-se que três mil pessoas morreram na transição frustrada das FARC para a legalidade. E a chacina continua. Sob o governo Uribe, mais de 150 remanescentes da UP foram mortos ou “desapareceram”. Como se vê, independentemente do que tenham feito, ou deixado de fazer, as FARC, a realidade é complexa. Confira aqui

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