Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 25 de março de 2008

UM ALFERES, UM PRESIDENTE E UM APAGÃO DA MEMÓRIA


Era uma vez um alferes e um carro em segunda mão. Mobilizado em Lourenço Marques em 1963, Aníbal Cavaco Silva comprou um automóvel por 22 contos com um empréstimo do Montepio Geral e "desbravou África". A história comum que o Presidente da República ontem quis recordar, no primeiro dia da visita oficial a Moçambique, foi a do "jovem alferes recém-casado que, há muitos anos, teve a ousadia de, com poucos recursos, comprar um automóvel para conhecer uma terra que logo o fascinou",
Construir um novo ciclo, para o Presidente da República, não implica pedir desculpas pelos massacres da guerra colonial, como o de Wiriamu (massacre de uma aldeia moçambicana pelas tropas portuguesas em 1971, denunciado internacionalmente por missionários dois anos mais tarde). A pergunta, feita na conferência de imprensa conjunta de Cavaco Silva e Armando Guebuza, é respondida com uma expressão vaga: "A História é feita pelos homens todos os dias, com os seus defeitos e virtudes". Na História, segundo Cavaco, "encontramos sempre aspectos positivos e negativos". Não devemos "ficar sempre a olhar para o passado". "O que fizemos sempre foi olhar para o futuro". "Estamos a percorrer um caminho". Leia aqui
Se quiser ler a reacção da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, quando da sua visita a Israel, leia aqui.
Outros, também se pronunciaram aqui
Finalmente, outros ( que são muitos) vão propôr para o Índex a jornalista do Diário de Notícias.
Em oposição ao Movimento NAM, há quem defenda que se apague a memória!Não se trata de esquerda necrófila, imobilista, dogmática, distraida, ultrapassada, paralítica, pequeno-burguesa, revisionista, liberalesca, parlamentar, reformista e outros mimos que a direita vai aprendendo connosco! "Não apagar a história" é assumir uma atitude lúcida, inteligente, racional, coerente, honesta e recusar agir como a avestruz.
O inverso, são as trevas do conservandorismo retrógado(como todos) e das Máfias politicas

Sem comentários: