Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 26 de abril de 2008

LEGISLAÇÃO IDEOLÓGICA E CULTURAL


Ao nível ideológico, a burguesia, a cultura burguesa, é portadora dos valores universais de conquista, valores universais terrivelmente corrosivos de exploração, baseada na cultura das Luzes, com o seu racionalismo.
Uma das características da senilidade do capitalismo é o abandono dessa cultura universal.
A ideologia dominante, o discurso dominante de hoje, são fabricados pelos norte-americanos. È uma ideologia pobre, não universalista, é uma mistura de comunidade, de especificidade, de não sei mais o quê.
O capitalismo sempre exerceu a prática politica fragmentada, mas não ousou criar uma legislação ideológica e cultural para colonizar, para senilizar, para universalizar a cultura. Colonizar, na verdade, é explorar por explorar, mas a legislação existe aí para nada.
Estamos sob essa ideologia, que eu classificaria de magra, de uma magreza terrível, com um discurso vazio a respeito da adversidade, da especificidade religiosa, cultural,etc, um traço incrível, um substituto dos valores universais, com um empobrecimento da democracia, que chegou ao nível de palhaçada com as eleições norte-americanas
SAMIR AMIM in A Senilidade do capitalismo

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