O AVESSO DO MUNDO SEGUNDO BARTHES - O MARXISMO CONTRA A CRIAÇÃO DOS MITOS
Os cinquenta anos da publicação de “Mitologias”, o livro que chamou a atenção para Roland Barthes, foram escassamente evocados entre nós. A febre comemorialista, por saturação, por fastio ou simplesmente porque Simone de Beauvoir ocupou o espaço reduzido a que as ideias francesas têm direito, deixou escapar o acontecimento, que ficou sepultado em páginas interiores de suplementos culturais nalguma imprensa internacional e, salvo qualquer excepção que não conheço, foi olimpicamente ignorado pela imprensa portuguesa, mais preocupada com impantes banalidades. Faltou Eduardo Prado Coelho para o lembrar.
É uma injustiça e isso ainda é o menos. É sobretudo a perda de uma oportunidade de reflexão que é hoje tão actual – ou mais – do que há meio século.
O fetichismo da mercadoria faz emergir a fetichização das relações sociais como expressão da mercadoria.
Esta socialização anacrónica e individualizada, que não deixa de ser socialização, manifesta o triunfo do mercado e dos seus mitos. Mitos com pés de barro, porque são decifráveis e porque são portanto descontruíveis e destrutíveis. O simples facto de Barthes os ter já enunciado há cinquenta anos atrás, coleccionando os mitos banais que alimentam a comunicação alienada, é a prova de que a crítica das armas é a razão da arma da crítica.Continuar a ler aqui
É uma injustiça e isso ainda é o menos. É sobretudo a perda de uma oportunidade de reflexão que é hoje tão actual – ou mais – do que há meio século.
O fetichismo da mercadoria faz emergir a fetichização das relações sociais como expressão da mercadoria.
Esta socialização anacrónica e individualizada, que não deixa de ser socialização, manifesta o triunfo do mercado e dos seus mitos. Mitos com pés de barro, porque são decifráveis e porque são portanto descontruíveis e destrutíveis. O simples facto de Barthes os ter já enunciado há cinquenta anos atrás, coleccionando os mitos banais que alimentam a comunicação alienada, é a prova de que a crítica das armas é a razão da arma da crítica.Continuar a ler aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário