Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 12 de abril de 2008

O POVO DO HAITI SAIU À RUA


O povo do Haiti saiu às ruas o fez para defender sua vida. Saiu para protestar porque os alimentos básicos tiveram seu preço triplicado desde Novembro de 2007, aumentando dramaticamente os problemas de fome, desnutrição e satisfação das necessidades elementares da população, sem que o governo tome nenhuma medida para evitá-lo ou combatê-lo.
As políticas neoliberais impostas por Washington e os organismos internacionais têm levado o Haiti a uma situação dramática, caracterizada pela perda de sua soberania alimentar, pela destruição da economia camponesa e do potencial agrícola do país, à desnutrição de 45% das crianças menores de 5 anos e causaram perdas massivas de emprego estimadas em 800 mil trabalhadores do campo. São essas políticas que conduziram à actual situação de emergência.
Porém, o povo do Haiti saiu também para protestar contra a presença da chamada Missão de Paz (Minustah), que desde junho de 2004 ocupa seu território. Exigiu a saída dos 7080 cascos azules (soldados das Nações Unidas) que a formam (1211 do Brasil, 1147 do Uruguai, 562 da Argentina, 502 do Chile e 114 da Guatemala em dezembro de 2007), e que violam os direitos humanos com total e escandalosa impunidade
A própria Minustah, que foi obrigada a repatriar recentemente 114 soldados do Sri Lanka culpados de abuso sexual e violações a mulheres e crianças em várias regiões do Haiti.
Não podemos aceitar a atuação dos casacos azuis no Haiti como força de repressão, matando manifestantes que reclamam o direito à vida e à alimentação básica.Confira aqui

Sem comentários: