OS TIBETEANOS, OS BASCOS, OS CURDOS...
A questão tibeteana tem estado na ordem do dia. Recentemente, dedicámos uma postagem a esta polémica. Regressámos para conhecermos outras opiniões.
"Os disparos, as detenções e a tortura de que têm sido alvo os defensores da autonomia do Tibete nos últimos dias não são novidade. Desde o início da ocupação em 1959 até à actualidade que os meios de comunicação social e as organizações não governamentais, com acesso ao terreno ou às informações vindas da diáspora, divulgam a brutalidade e a boçalidade com que as autoridades chinesas cuidam dos oposicionistas tibetanos a que conseguem lançar a mão. No que concerne aos protestos recentes, tanto a existência de feridos como a ocorrência de mortes entre os civis manifestantes foram até já reconhecidas por Pequim." Confira aqui
Como todo o mundo, apoio o direito de ser independente, que é direito do povo tibetano, ou, no mínimo, o direito que os tibetanos têm à autonomia. Como todo mundo, condeno os actos do governo chinês naquela região. Mas, diferente de todo mundo, não participo das manifestações públicas..
Apesar de os norte-americanos estarem evidentemente a explorar em benefício próprio a luta dos tibetanos, eu apoio os tibetanos.
Estou pronto, até, para esquecer o facto de que os gentis tibetanos agiram contra chineses inocentes, mataram mulheres e homens, queimaram casas e lojas. Excessos detestáveis sempre há, nas lutas de libertação.
Não há dúvidas de que os tibetanos têm direito à autodeterminação, de viver a própria cultura, de promover suas instituições religiosas e de evitar que qualquer colonizador os afogue.
Mas os curdos na Turquia, Iraque, Irão e Síria não têm os mesmos direitos? E os que vivem no Sahara Ocidental, cujos territórios estão ocupados por Marrocos? E os bascos que vivem na Espanha? E os corsos, no litoral da França? E a lista é longa.
O sangue de algum tibetano será mais vermelho que o sangue de mil africanos no Congo Leste?
E os bascos? Como os tibetanos, bascos também são povo antigo, com língua e cultura próprias. Mas os bascos não são exóticos e não atraem atenção especial. Não rezam em círculo. Não têm monges com mantos coloridos.
Os chechenos também são povo bem caracterizado, que por muito tempo foram oprimidos pelos czares do Império Russo, dentre os quais Stálin e Putin. Mas, infelizmente para eles, os chechenos são muçulmanos: o Islão virou sinónimo de terrorismo
Os EUA não temem Moscovo como temem Pequim. O Ocidente não tem interesse em reinventar a Guerra Fria, porque está a reinventar as Cruzadas contra o Islão.
Os palestinianos também vivem em território definido, são nação, há fronteiras claramente demarcadas entre a Palestina e Israel. É preciso ter mente muito pervertida, para negar estes factos.
O mundo simpatiza com os israelitas porque os judeus foram vítimas do mais horrendo crime que o ocidente jamais conheceu. Assim, cria-se na Palestina uma situação muito estranha: o opressor é mais popular do que a vítima da opressão. Quem apoie os palestinianos torna-se automaticamente suspeito de anti-semitismo e de negar o Holocausto.
A imprensa internacional chora pelo povo tibetano, cujas terras estão a ser tomadas pelos colonos chineses lá ‘assentados'. Quem chora pelos palestinianos, cujas terras estão a ser tomadas também por colonos (israelitas) também ‘assentados'? Confira aqui
A promoção do feudalismo tibetano continua a desenrolar-se, sob o alto patrocínio da CIA. Continue a ler aqui
"Os disparos, as detenções e a tortura de que têm sido alvo os defensores da autonomia do Tibete nos últimos dias não são novidade. Desde o início da ocupação em 1959 até à actualidade que os meios de comunicação social e as organizações não governamentais, com acesso ao terreno ou às informações vindas da diáspora, divulgam a brutalidade e a boçalidade com que as autoridades chinesas cuidam dos oposicionistas tibetanos a que conseguem lançar a mão. No que concerne aos protestos recentes, tanto a existência de feridos como a ocorrência de mortes entre os civis manifestantes foram até já reconhecidas por Pequim." Confira aqui
Como todo o mundo, apoio o direito de ser independente, que é direito do povo tibetano, ou, no mínimo, o direito que os tibetanos têm à autonomia. Como todo mundo, condeno os actos do governo chinês naquela região. Mas, diferente de todo mundo, não participo das manifestações públicas..
Apesar de os norte-americanos estarem evidentemente a explorar em benefício próprio a luta dos tibetanos, eu apoio os tibetanos.
Estou pronto, até, para esquecer o facto de que os gentis tibetanos agiram contra chineses inocentes, mataram mulheres e homens, queimaram casas e lojas. Excessos detestáveis sempre há, nas lutas de libertação.
Não há dúvidas de que os tibetanos têm direito à autodeterminação, de viver a própria cultura, de promover suas instituições religiosas e de evitar que qualquer colonizador os afogue.
Mas os curdos na Turquia, Iraque, Irão e Síria não têm os mesmos direitos? E os que vivem no Sahara Ocidental, cujos territórios estão ocupados por Marrocos? E os bascos que vivem na Espanha? E os corsos, no litoral da França? E a lista é longa.
O sangue de algum tibetano será mais vermelho que o sangue de mil africanos no Congo Leste?
E os bascos? Como os tibetanos, bascos também são povo antigo, com língua e cultura próprias. Mas os bascos não são exóticos e não atraem atenção especial. Não rezam em círculo. Não têm monges com mantos coloridos.
Os chechenos também são povo bem caracterizado, que por muito tempo foram oprimidos pelos czares do Império Russo, dentre os quais Stálin e Putin. Mas, infelizmente para eles, os chechenos são muçulmanos: o Islão virou sinónimo de terrorismo
Os EUA não temem Moscovo como temem Pequim. O Ocidente não tem interesse em reinventar a Guerra Fria, porque está a reinventar as Cruzadas contra o Islão.
Os palestinianos também vivem em território definido, são nação, há fronteiras claramente demarcadas entre a Palestina e Israel. É preciso ter mente muito pervertida, para negar estes factos.
O mundo simpatiza com os israelitas porque os judeus foram vítimas do mais horrendo crime que o ocidente jamais conheceu. Assim, cria-se na Palestina uma situação muito estranha: o opressor é mais popular do que a vítima da opressão. Quem apoie os palestinianos torna-se automaticamente suspeito de anti-semitismo e de negar o Holocausto.
A imprensa internacional chora pelo povo tibetano, cujas terras estão a ser tomadas pelos colonos chineses lá ‘assentados'. Quem chora pelos palestinianos, cujas terras estão a ser tomadas também por colonos (israelitas) também ‘assentados'? Confira aqui
A promoção do feudalismo tibetano continua a desenrolar-se, sob o alto patrocínio da CIA. Continue a ler aqui
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