Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 10 de abril de 2008

EXTREMA DIREITA À PORTUGUESA


O líder nacionalista Mário Machado, um dos 36 arguidos a serem julgados por discriminação racial, assegurou hoje em tribunal que "nunca se considerou racista" e que "não tem qualquer ódio primário à raça negra" ou a outras. O arguido admitiu, porém, ter "forte convicção" de que "há a propensão da raça negra para o crime", alegando que isso é "visível" na própria cadeia em que está preso, onde "só cerca de 25 por cento" dos detidos são brancos.


Parece-me oportuno revisitar um dossier elaborado pelo Esquerda-net em Outubro de 2007. Neste dossier, recua-se aos anos 60, às origens do movimento skinhead , antes da contaminação nazi; mostramos o que são os hammerskins e o seu "capítulo" português, e o que defendem estes skinheads racistas ; revelamos as ligações da extrema-direita portuguesa ao submundo do tráfico de droga, armas e mulheres e à violência nos estádios; e mostramos que o skinhead profanador do cemitério judaico já tinha atacado noutra data simbólica para a comunidade judaica . Analisamos também a combinação de violência e política da extrema-direita em Portugal, contamos como o PNR tomou o PRD e foi tomado pela Frente Nacional e como os que se afastaram querem tomar agora o PND. O espaço de opinião é de Mamadou Ba, do SOS Racismo, que não poupa críticas à "banalização do racismo" pelos fazedores de opinião da nossa praça.

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