VOLODIA, GIGANTE DA LITERATURA E REVOLUCIONÁRIO EXEMPLAR
Em dezenas de países, jornais, televisões e rádios dedicaram atenção especial à morte de Volodia Teitelboim, tal como revistas web na Internet. Tinha 91 anos o grande chileno desaparecido, mas durante quase toda a sua larga existência foi ignorado pelos media que saúdam agora nele um gigante da Literatura contemporânea.
As homenagens chegaram atrasadas.
No seu próprio país Volodia foi, até final da ditadura, quase ignorado como escritor pela grande imprensa. Tinha mais de 80 anos quando lhe atribuíram o Prémio Nacional de Literatura. O motivo do silêncio da burguesia sobre a sua obra é conhecido: o autor de Hijo del Salitre, dizia haver tido ao longo da vida dois amores pouco compatíveis : uma mulher legitima, a Política, e uma amante, a Literatura. Nunca rompeu com a segunda, não obstante ter sido secretário-geral e, depois, Presidente do Partido Comunista do Chile. Uma estranha bigamia, quase sem precedentes na História.
O prolongado silêncio sobre a sua obra não pode apagar a evidência. Volodia Teitelboim foi um dos mais importantes escritores latino-americanos do Século XX.
No exílio desenvolveu no combate ao fascismo pinochetiano uma actividade prodigiosa, num vaivém permanente que, a partir de Moscovo, o fez correr pelo mundo, do Vietnam ás capitais europeias, da África à Índia. Escreveu centenas de artigos em jornais de dezenas de países. Em Madrid fundou e dirigiu (de longe) a Auracaria, uma revista de cultura mobilizada para o debate de ideias, aberta a intelectuais revolucionários de muitas nacionalidades, sobretudo latino¬ americanos.
O seu funeral foi comovedor, segundo a própria imprensa de direita chilena. Na morte, até os adversários políticos lhe reconheceram a grandeza que lhe ignoraram enquanto viveu. Quando a urna de Volodia desceu à terra, até a presidente social-democrata, Michele Bachelet, cantou a Internacional, chorando.Confira aqui
As homenagens chegaram atrasadas.
No seu próprio país Volodia foi, até final da ditadura, quase ignorado como escritor pela grande imprensa. Tinha mais de 80 anos quando lhe atribuíram o Prémio Nacional de Literatura. O motivo do silêncio da burguesia sobre a sua obra é conhecido: o autor de Hijo del Salitre, dizia haver tido ao longo da vida dois amores pouco compatíveis : uma mulher legitima, a Política, e uma amante, a Literatura. Nunca rompeu com a segunda, não obstante ter sido secretário-geral e, depois, Presidente do Partido Comunista do Chile. Uma estranha bigamia, quase sem precedentes na História.
O prolongado silêncio sobre a sua obra não pode apagar a evidência. Volodia Teitelboim foi um dos mais importantes escritores latino-americanos do Século XX.
No exílio desenvolveu no combate ao fascismo pinochetiano uma actividade prodigiosa, num vaivém permanente que, a partir de Moscovo, o fez correr pelo mundo, do Vietnam ás capitais europeias, da África à Índia. Escreveu centenas de artigos em jornais de dezenas de países. Em Madrid fundou e dirigiu (de longe) a Auracaria, uma revista de cultura mobilizada para o debate de ideias, aberta a intelectuais revolucionários de muitas nacionalidades, sobretudo latino¬ americanos.
O seu funeral foi comovedor, segundo a própria imprensa de direita chilena. Na morte, até os adversários políticos lhe reconheceram a grandeza que lhe ignoraram enquanto viveu. Quando a urna de Volodia desceu à terra, até a presidente social-democrata, Michele Bachelet, cantou a Internacional, chorando.Confira aqui
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