DEMOCRACIA AVARIADA
A democracia portuguesa é das piores da Europa. A informação resultou de um estudo da organização britânica DEMOS, forneceu manchete ao “Diário de Notícias” e diz-nos que Portugal está em 21.º lugar numa lista de 25 Estados membros da União. Somos, enfim, uma desgraça democrática. Poucos ficaram surpreendidos. Sócrates, não: está firmemente convencido de que vivemos no melhor dos mundos, cívica, social, educacional, política e juridicamente falando.
Não há democracia sem educação e sem convicções democráticas. E a esmagadora maioria daqueles que nos têm governado não foi dotada desses atributos, nem procurou obtê-los. Para essa gente, o exercício da política tinha e tem como objectivo a organização da vidinha. Os exemplos são tão numerosos que quase se tornaram razão sem argumento. A nossa época é dominada por uma fraca noção da realidade. O “mediatismo” e os desenvolvimentos do virtual e do numérico alteraram, completamente, a interpretação dos fenómenos e criaram uma classe que nos aparece desprovida de todas as determinações, movendo-se num vazio absoluto.
O mundo mudou. Portugal, desta vez, não escapou ao vendaval. Não são, apenas, os comportamentos que se modificaram, criando, acaso, uma nova ética e uma outra estética. A acção cultural é outra. As exigências políticas são, eventualmente, mais altas.
Andamos, há muitos anos, a viver de realidades cada vez mais virtuais, sem afeição recíproca, afastadas das pessoas, e criando modos de existir não coincidentes uns com os outros. A ideia de comunidade foi aniquilada, e o conceito de sociedade sofreu um desvio falho de determinações e, por isso, fatal. Que nos resta? Tentar compreender os sinais das novas gerações.Confira aqui
Não há democracia sem educação e sem convicções democráticas. E a esmagadora maioria daqueles que nos têm governado não foi dotada desses atributos, nem procurou obtê-los. Para essa gente, o exercício da política tinha e tem como objectivo a organização da vidinha. Os exemplos são tão numerosos que quase se tornaram razão sem argumento. A nossa época é dominada por uma fraca noção da realidade. O “mediatismo” e os desenvolvimentos do virtual e do numérico alteraram, completamente, a interpretação dos fenómenos e criaram uma classe que nos aparece desprovida de todas as determinações, movendo-se num vazio absoluto.
O mundo mudou. Portugal, desta vez, não escapou ao vendaval. Não são, apenas, os comportamentos que se modificaram, criando, acaso, uma nova ética e uma outra estética. A acção cultural é outra. As exigências políticas são, eventualmente, mais altas.
Andamos, há muitos anos, a viver de realidades cada vez mais virtuais, sem afeição recíproca, afastadas das pessoas, e criando modos de existir não coincidentes uns com os outros. A ideia de comunidade foi aniquilada, e o conceito de sociedade sofreu um desvio falho de determinações e, por isso, fatal. Que nos resta? Tentar compreender os sinais das novas gerações.Confira aqui
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