Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A CARA DA GENTE


Considerado um dos mais consagrados retratistas do tempo que passa, Baptista-Bastos é dotado de um raro domínio da palavra, conhece na perfeição o peso exacto da palavra e vai fixando na imprensa a fugacidade dos dias.
Numa linguagem deslumbrante, o autor escreve sobre a descoberta do amor, conta histórias de pais e filhos, sente o coração apressado com a descoberta do primeiro beijo, recupera o afecto dos velhos amigos, não renega a saudade da cidade que mudou de rosto mas que é, ainda, a sua casa.
O resultado são estas crónicas publicadas nos últimos 15 anos reunidas em "A cara da gente":textos jornalísticos, criados com alma de escritor, que analisam o quotidiano, debatem grandes temas, inventam cidades e evocam amigos com um encantamento que convida o leitor a sonhar e a reencontrar a felicidade em cada gesto..
Baptistas Bastos recebeu já o Grande Prémio da Crítica, o Grande Prémio da Crónica da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Pen Club e o Prémio da Crónica João Carreira Bom. Dele, Manuel da Fonseca disse: «Um grande escritor português do nosso tempo.». Jorge Sena, por seu turno e só para dar mais um exemplo, escreveu: «Um dos grandes narradores portugueses do nosso tempo, no que a palavra de narrador contém de reinvenção reflexiva e demiúrgica de uma língua.»

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