Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 2 de junho de 2008

DIGAMOS NÃO À INDIGNIDADE


A situação, em Portugal, é demasiado grave para que estejamos sempre à espera de um prestidigitador. Em trinta e quatro anos de democracia, os dois partidos de poder tripudiaram sobre o grandioso projecto de restauração da pátria, contido na Revolução de Abril. Os prestidigitadores exerceram, sobre nós, os truques de ilusão cujo único objectivo foi atribuir à realidade os conteúdos da fé.
Quantos modelos de organização social foram postos em prática, cada um deles pior do que o anterior? O medo irracional contra o comunismo contribuiu para a criação e manutenção do próprio medo de existir. Ninguém confia em ninguém. Contudo, graças a alguns jornalistas livres, vamos seguindo a trajectória dos ministros que terminam, gloriosamente, as suas “carreiras” em conselhos de administração, com vencimentos obscenos. A promiscuidade entre o público e o privado, entre os Governos e as grandes empresas já nem sequer é camuflada. A actividade política deixou de estar relacionada com o espírito de missão para se transformar no trampolim no qual muitos “patriotas” se projectam a fim de orientar a vidinha.
Se o PSD está demonstradamente interessado em privatizar tudo, então, que se privatize o Governo, este e os que se lhe seguem. Contrata-se um bom gestor estrangeiro (como, por exemplo, o que dirige a TAP) e deixem-no à rédea solta. Pelo menos, um homem assim não engana ninguém. Está lá para ganhar dinheiro, tanto quanto for possível e, até, mais do que o possível.Confira aqui

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