Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 10 de junho de 2008

DESLOCADOS NO SEU PRÓPRIO PAÍS



A Organização das Nações Unidas (ONU) saudou a iniciativa da União Africana (UA) de elaborar um projecto de Convenção que visa a protecção e ajuda das pessoas deslocadas no seu próprio país devido a um conflito armado.
"Uma tal Convenção, que será o primeiro instrumento deste tipo a ter efeitos vinculativos, servirá de exemplo para as outras regiões afectadas pelo fenómeno da deslocação interna das suas populações, afirmou Walter Kaelin, representante do Secretário-Geral das Unidas para os Direitos Humanos das Pessoas Deslocadas no seu próprio país.
"A questão das deslocações nos conflitos armados é particularmente importante para o nosso continente", declarou Kaelin, notando ao mesmo tempo que perto de 13 milhões de pessoas são actualmente consideradas como deslocadas em 19 países africanos, devido aos conflitos.
"Isto significa que cerca de metade das pessoas deslocadas no mundo vive no continente africano", disse, acrescentando que este número não toma em conta as pessoas deslocadas por catástrofes naturais.
Os ministros da UA encarregues da questão dos deslocados forçados vão encontrar-se em Julho de 2008, para apreciar o projecto, antes da sua submissão "A reunião dos peritos jurídicos deverá fazer com que o texto não termine como os outros documentos inexplorados que acumulam poeira nas estantes de bibliotecas, mas garantir que se trata dum instrumento prático para se atacar problemas reais", disse. Confira aqui

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