Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 24 de junho de 2008

ECONOMIA AMERICANA E O RECEITUÁRIO ECONÓMICO DEFENDIDO PARA OUTROS PAÍSES


A exemplo da América Latina nos anos 80 e do Japão nos 90, a maior economia do mundo pode estar vivendo, neste início do século 21, a sua "década perdida". Recessão, desemprego em alta, crise bancária, confiança do consumidor em baixa e um crescente deficit público são hoje palavras mais ouvidas nos Estados Unidos do que no resto do mundo. Acostumados a dar conselhos, especialmente aos países em desenvolvimento, os americanos não sabem a extensão da própria crise e, para enfrentá-la, têm jogado na lata de lixo parte do receituário económico que sempre defenderam para outros países.
Em Março, por exemplo, autorizaram o seu banco central, o Federal Reserve(Fed) a abrir uma linha de crédito para salvar bancos de investimento e corretoras em apuros (por causa da crise de crédito de alto risco), algo que não era feito desde 1936.
Bancos americanos e europeus já perderam, na crise actual, mais de US$ 330 bilhões, mas isso deve ser apenas um terço da história. A expectativa do mercado e de especialistas é que o estrago chegará a US$ 1 trilião
"Trata-se da maior crise bancária desde os anos 20 Na crise japonesa dos anos 80, a perda [dos bancos japoneses] foi de aproximadamente US$ 500 bilhões e isso provocou um longo período de estagnação", diz David Beim, ex-consultor do Fed e hoje professor da Columbia Business School, em Nova York.
A crise do crédito imobiliário atingiu um sector vital da economia americana - o de construção de imóveis, principalmente residenciais.
Para complicar o quadro, o preço do barril de petróleo praticamente dobrou desde Janeiro de 2007.
Para desespero dos analistas mais optimistas quanto às perspectivas da economia, o índice de confiança dos consumidores americanos, medido pela Universidade de Michigan, está no nível mais baixo em 28 anos.
George W. Bush assumiu o poder em 2001 e operou uma verdadeira desconstrução das contas públicas.
Aumentou de forma drástica os gastos militares e, em 2008, segundo projecção da economista Abby Cohen, estratega de investimento do Goldman Sachs, deverá levar o país a um deficit público de 3,5% do PIB, o equivalente a US$ 500 bilhões. Em sete anos de gestão Bush, o crescimento anual médio da economia caiu para 2,3% e o desemprego subiu.Confira aqui

Sem comentários: