Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 24 de julho de 2008

À MESA DO G8 ESTAVA A CRISE ALIMENTAR (24 PRATOS)



Em cima da mesa do G8, ao jantar, alguém decidiu (provavelmente um manipulador gauchiste) servir 24 pratos aos mais ricos do mundo.A ementa, que entretanto foi divulgada por diversas agências internacionais era composta por 24 pratos, incluindo algumas iguarias raras e caras, confeccionadas por 25 chefs japoneses e estrangeiros, entre os quais alguns galardoados com as afamadas três estrelas do Guia Michelin. Tudo isto custou 300 euros por pessoa.
Trufas pretas, caranguejos gigantes, bolbos de lírio de Inverno, uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, entradas de milho recheado com caviar e salmão fumado, foram apenas algumas das iguarias do jantar que, para não destoar, foi regado com cinco vinhos diferentes, alguns igualmente caros.Confira aqui

Os ricos jantam, claro. O facto de, despudoradamente, o fazerem ao estilo da orgia do império romano diz muito mais sobre os riscos, humanitários e políticos, da crise alimentar do que qualquer outro símbolo dos tempos recentes. O jantar do G8 é o retrato de um mundo bipolar, onde pontifica a Europa a cujas costas chegam todas as semanas cadáveres de imigrantes ilegais, a Europa de Berlusconi que anda a "fichar" ciganos - num miserável censo de que a União Europeia não se tem demarcado o suficiente. O senhor Maroni, o ministro do Interior de Berlusconi, é tão bom como Jorg Haider, mas mais bem tratado pelos líderes europeus. "Se não têm pão, dêem-lhes brioches" é uma frase do século XVIII e não acabou bem.Confira aqui

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