Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 30 de agosto de 2008

BRASIL: BARBARIECRACIA

Barbariecracia, é mais uma excelente análise de Frei Betto
A frágil democracia brasileira se encontra ameaçada nas grandes cidades. À margem do Estado legal se expande e fortalece o Estado ilegal. A barbárie se faz presente lá onde o poder público se faz ausente. Quando muito, o Estado marca presença eventual como força repressiva, jamais como ente administrativo.
Nas periferias, as milícias, em geral dominadas por policiais, ditam normas e procedimentos: cobram “impostos”dos moradores e comerciantes, controlam o fornecimento de gás, monopolizam o transporte em "microbus", impõem aos eleitores seus candidatos.
Moradores de favelas e subúrbios, em sua imensa maioria, é gente honesta e trabalhadora, Porém, são desprotegidos enquanto cidadãos. Não dispõem de áreas de lazer, desporto e cultura; as escolas são sucateadas, os professores mal remunerados, o ensino é de má qualidade; o serviço de saúde agoniza; o saneamento é precário; o número de moradias construídas com financiamento público é ínfimo.
Como se explica que, agentes do Estado, muitos cometam assassinatos, tráfico de armas e drogas, tortura e roubo de bens encontrados em mãos de bandidos?
Infelizmente, no Brasil cultura é luxo da elite. Basta conferir o orçamento do Ministério da Cultura. As poucas iniciativas dependem do mecenato de empresas que, raramente, investem no mundo dos pobres.
Esta é a mais perversa forma de privatização: a que cede aos traficantes e às milícias clandestinas o direito de agir como um Estado dentro do Estado.
Imaginem se os R$ 60 bilhões gastos por ano em segurança privada no Brasil fossem investidos em educação de crianças e jovens em situação de risco e na formação de policiais íntegros!Confira
aqui
IMAGEM DAQUI

1 comentário:

Avid disse...

Nunca se expulsa um navegador solidario. perdi pelo caminho hehehe...Logo actualizo. BFDS
Bjs meus