Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

JUSTIÇA INTERNACIONAL TEM TESTE DECISIVO COM KARADZIC


O objectivo deste breve apontamento é o de mostrar a outra face da noticia e recusarmos a informação,distorcida, pelos mídia ao serviço do império da mentira.
Os leitores, os cidadãos, têm que aceder a outras fontes para além da que nos é oferecida pelos jornalistas que têm toda a liberdade de escrever e dizer aquilo que os patrões e os seus governos pensam


Desaparecida a URSS, os EUA sentiram-se com as mãos livres para impor uma Nova Ordem Mundial. Um dos pontos de viragem ocorreu em 1999, com a agressão militar da NATO contra a Jugoslávia, em nome dos “direitos humanos”
Na quinta feira passada (31/07), Karadzic havia declarou ao Tribunal Penal Internacional da ONU que o ex-enviado norte-americano Richard Holbrooke disponibilizou-se para impedir sua extradição a Haia, sob condição de que abandonasse a vida política. (sm)
Entretanto,a imprensa sérvia noticiou que o antigo líder dos sérvios-bósnios Radovan Karadzic, acusado de crime contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional da ONU, em Haia, esteve
sob protecção dos EUA até 2000
A antiga procuradora do TPIJ, Carla del Ponte, lançou, num livro polémico, revelações segundo as quais as instâncias internacionais no Kosovo teriam ignorado suspeitas que envolviam altos responsáveis albaneses no tráfico de órgãos de prisioneiros sérvios.

O ex-líder sérvio na Bósnia quer transformar o seu julgamento num processo político, assumindo o papel de acusador da comunidade internacional na gestão dos conflitos dos Balcãs. Isto num momento em que o prestígio do tribunal se encontra abalado na sequência de alguns juízos polémicos
O julgamento vai iniciar-se num momento em que a credibilidade do Tribunal de Haia se vê abalada por alguns juízos polémicos, absolvendo figuras cruciais nos conflitos da Bósnia e do Kosovo.
Naser Oric, antigo líder muçulmano de Srebrenica, era acusado de ser o grande responsável pelo massacre da população de várias aldeias sérvias no leste da Bósnia. Uma acção que muito terá pesado na sangrenta vingança dos sérvios ao tomarem de assalto aquele enclave muçulmano em Julho de 1995. Recorde-se que o massacre de soldados muçulmanos em Srebrenica constitui uma peça crucial no processo contra Karadzic. Ramush Haradinaj, líder político e militar dos albaneses do Kosovo, era apontado como um dos grandes responsáveis pela limpeza étnica que chacinou ou expulsou grande parte da população sérvia do Kosovo depois da ocupação do território pela NATO, em 1999, e de envolvimento directo em casos de assassinato, rapto e tortura, rapto de civis sérvios. Em ambos os casos os testemunhos eram esmagadores. Mas Oric e Haradinaj foram mandados em paz pelos juízes de Haia com o argumento de que as provas recolhidas eram insuficientes.
Pouco antes da absolvição de Haradinaj, em Março último, a antiga procuradora do TPIJ Carla del Ponte lançou, um livro polémico, referido na introdução deste texto
O TPIJ foi criado em Março de 1993, com o objectivo de garantir que os responsáveis por crimes de guerra não ficariam impunes. Além da controvérsia que envolveu a sua criação, o TPIJ foi muitas vezes acusado de servir de instrumento político. Os críticos apontaram-lhe a excessiva dependência do apoio financeiro e logístico dos EUA e da NATO, as famosas "acusações secretas" ou a recusa em dar seguimento ao dossiê apresentado em Maio de 1999 por um grupo de juristas ocidentais acusando a NATO de crimes de guerra durante o ataque ao Kosovo.
Uma dezena de acusados morreram nas celas. As circunstâncias da morte do mais célebre prisioneiro de Haia, Milosevic, a 11 de Março de 2006, ainda hoje alimentam acesa polémica. Mas a acusação mais grave lançada contra o Tribunal de Haia é a da falta de transparência. Nenhuma instância reguladora controla o labor dos juízes. E boa parte das revelações dos mais de 300 dias do processo nunca veio a público.Confira
aqui

2 comentários:

Jonathan McCharty disse...

Alexander Solzhenitsyn descreveu os Estados Unidos da América e o Ocidente em geral como “flácidos, moralmente fracos, cobardemente materialistas e padecendo de impotência espiritual o que é típico dos que vivem uma vida fácil.”

Na verdade, estes tipos sao os responsaveis pelas maiores "cagadas" que a humanidade tem vivido pos-segunda guerra mundial, desde Pinochet, Saddam Hussein, Bin Laden, so para citar alguns! Todo o facinora e' parte do seu produto! E nao devemos menosprezar o facto de a CIA ter recrutado quase todos os homens fortes da "secreta" de Hitler!

"God bless America"??
"God damn America"!!

AGRY disse...

Recordo o escritor britânico Samuel Jonson, a propósito dos americanos: " Como poderemos suportar os estridentes gritos de liberdade dos proprietários de escravos?"