Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

NÃO SE PODE IGUALAR VERDUGOS E VÍTIMAS

Deu entrada na mesa da AR uma proposta de alteração da lei laboral que prevê o pagamento de parte do salário em "espécie", mesmo sem acordo do trabalhador!
A UGT (sindicato afecto ao governo) e a CIP (associação patronal) alegam que a norma não integrava o texto por elas subscrito!
“Parece que, a meio do caminho entre o Governo e a AR, está, como Drummond diria, uma pedra, e que a proposta de revisão do Código do Trabalho terá tropeçado nela, como já sucedera com a norma do Código Penal que alargou o conceito de crime continuado a crimes contra bens pessoais, metida na lei pela porta do cavalo não se sabe por quem (embora se saiba a quem aproveitará...).
Imagine-se, pois, o leitor a receber no fim do mês, em vez do salário, as "espécies" que o seu patrão bem entender e que tiver em armazém a ganhar mofo: fraldas descartáveis, sabão, pneus, quem sabe?, até jornais (pode ser uma boa solução para alguns jornais, começar a pagar aos jornalistas com as sobras das edições).
Resta saber (aguarda-se agora legislação do Governo nesse sentido) se o trabalhador poderá, depois, pagar a renda e a conta da luz com essas "espécies". Confira aqui

IMAGEM DAQUI

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