Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sábado, 23 de agosto de 2008

VÍTIMAS DE XENOFOBIA VOLTAM À ÁFRICA DO SUL PARA REAVER BENS

Ao todo, 40% dos 40 mil moçambicanos que fugiram da África do Sul,devido aos ataques xenófobos, regressaram para reaver seus bens ou recuperar os seus salários, indica um estudo governamental moçambicano, reportado pela Agência Lusa
De acordo com o estudo feito com 11.403 pessoas (28% dos regressados), a que a Lusa teve acesso, "um número significativo dos entrevistados (vítimas da xenofobia) afirmou que pretendia retornar à África do Sul, logo que as condições o permitissem".
A mesma pesquisa estima que "40% do número total dos regressados" podem ter retornado à África do Sul, a maioria da zona da cidade de Maputo (60%), mas também de Gaza (47%), Maputo-província (40%), Inhambane (38%), Manica (30%) e Sofala (18%).
Actualmente, algumas vítimas estão em processo de reintegração social nas suas zonas de origem, através de iniciativas individuais, dedicando-se a actividades de geração de renda familiar.
O levantamento também permitiu apurar que 29% dos que retornaram à Moçambique exerciam na África do Sul a função de pedreiros, 15% eram vendedores ambulantes, 7% alfaiates e 5% proprietários de pontos comerciais alternativos.Confira aqui

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