EMOÇÃO MARCA REGRESSO DE VÍTIMAS DE XENOFOBIA
É com este título que o jornal NOTICIAS do Maputo, noticia que “oitocentos e oitenta moçambicanos desembarcaram ontem na estação central dos Caminhos de Ferro de Moçambique carregados de muita emoção e satisfação depois de terem vividos momentos de tensão e desespero devidos aos actos xenófobos na África do Sul. O comboio, que chegou pouco depois das 17.00 horas, tinha duas carruagens lotadas dos haveres do grupo de cidadãos, que confessaram que não esperavam aquela atitude da parte dos sul-africanos”. Leia aqui
Nem a sociedade sul-africana nem o resto do mundo, acrescento eu.
Entretanto, e de acordo com o Jornal Notícias, "o Governo da África do Sul admitiu esta sexta-feira a urgência de acelerar os programas de luta contra a pobreza, que considera um dos factores, eventualmente até o principal, na origem dos "inaceitáveis e vergonhosos" ataques xenófobos das últimas semanas, segundo um comunicado do Executivo.
Considerando que os ataques contra imigrantes resultam "de um complexo conjunto de factores", o Governo sul-africano lamenta que "preocupações reais", designadamente quanto ao acesso à água potável e ao emprego, sejam "exploradas para manipular comunidades e levá-las a atacar os nossos pais, irmãos, irmãs e crianças da África do Sul, do continente africano e de algumas partes do Mundo".
Nem a sociedade sul-africana nem o resto do mundo, acrescento eu.
Entretanto, e de acordo com o Jornal Notícias, "o Governo da África do Sul admitiu esta sexta-feira a urgência de acelerar os programas de luta contra a pobreza, que considera um dos factores, eventualmente até o principal, na origem dos "inaceitáveis e vergonhosos" ataques xenófobos das últimas semanas, segundo um comunicado do Executivo.
Considerando que os ataques contra imigrantes resultam "de um complexo conjunto de factores", o Governo sul-africano lamenta que "preocupações reais", designadamente quanto ao acesso à água potável e ao emprego, sejam "exploradas para manipular comunidades e levá-las a atacar os nossos pais, irmãos, irmãs e crianças da África do Sul, do continente africano e de algumas partes do Mundo".
Enfim, ainda não chegou a hora do governo sul-africano reconhecer, sem rodeios, a sua responsabilidade em todo este processo. Com pensamentos redondos e com uma enorme incapacidade de autocrítica (como primeiro passo) o regime sul-africano, ao que tudo indica, persiste em enterrar a cabeça na areia.
1 comentário:
Caro Agry
Espero que tuas férias tenham sido ótimas para o lazer e o ócio. Por aqui está tudo na mesma, com um governo indeciso entre realmente acompanhar Correa, Morales e Chávez ou ficar atrelado ao FED. Ainda bem que domingo o Equador dará um salto nesse quadro de dominação.
Agry, aconselho-te a ler as três constituições (venezuelana,boliviana e equatoriana), verás, como eu vi, que o mundo "civilizado" regrediu em termos de Direito Constitucional. São três obras essenciais para todos pos que desejam um mundo melhor.
Agora sim, o Novo Mundo faz juz ao nome.
E sobre a xenofobia, ela tem a mesma natureza do racismo e do colonialismo. Na década de 1970 estive em Capetown por um dia, como violei sem saber as regras do aparteid, fui expulso imediatamente. Mas deu para sentir a brutalidade do racismo e suas sequelas culturais.
O Agostinho Neto dizia que para a gente se libertar do colonialismo, há que matá-lo duas vezes, uma dentro da gente. É assim que entendo o que se passa em South Africa.
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