Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

terça-feira, 7 de outubro de 2008

ABERTO EM PARIS JULGAMENTO POR VENDA ILEGAL DE ARMAS

Entre 1993 e 1998, Angola estava em plena guerra civil. Foi neste período que um verdadeiro arsenal de armas foi vendido por franceses ao país, supostamente sem autorização do Estado francês. Um comércio ilegal – e lucrativo – que envolveu a soma monumental de 790 milhões de dólares. O escândalo veio à tona no ano 2000.
Hoje, na 17ª câmara do Tribunal Correccional de Paris, começa o julgamento de nada mais nada menos do que 42 “colarinhos brancos” do mundo político e empresarial francês, acusados de envolvimento no tráfico. Entre os acusados pela articulação do negócio, estão os empresários e sócios Arcadi Gaydamak, refugiado em Israel e o franco-brasileiro Pierre Falcone, além do ex-ministro do Interior, Charles Pasqua e Jean-Christophe Mitterand, filho do ex-presidente François Miterrand. Dezenas de personalidades também são acusadas de receber luvas para facilitar as transacções.
Angola fez de tudo para impedir a realização desse processo, alegando que as armas não passaram pela França e que a justiça francesa não deve julgar um assunto exclusivamente interno. Confira aqui

Sem comentários: