Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LITERATURA DE EXPRESSÃO PORTUGUESA EM ÁFRICA

Há uns 30 anos mal se podia falar de literatura de expressão portuguesa em África. Lembro-me que, no princípio dos anos 90, uma ministra da Educação de Angola veio visitar a Biblioteca Nacional e era tal a carência de livros naquele país que doei dezenas de caixas de livros nossos. Ela me dizia fazer questão de desembarcar em Angola com as caixas. Em Moçambique, há uns 15 anos realizaram a primeira feira de livros. Não havia praticamente livros para tal evento. Lá fui levando dezenas de caixas de livros, o Brasil ajudando o país a se reerguer da devastação da guerrilha. Lembro-me do ministro da Cultura moçambicano me dizer que todas as bibliotecas tinham sido devastadas pela guerra. Hoje, vários escritores moçambicanos tornam-se celebridades e uma dúzia de autores africanos viraram vedetas internacionais e estão ajudando a reinventar seus países.Confira aqui

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