Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MORREU MICHEL LABAN - IMPORTANTE ESTUDIOSO DAS LITERATURAS AFRICANAS DE LINGUA PORTUGUESA

O catedrático francês Michel Laban, especialista em literaturas africanas de Língua Portuguesa e tradutor de numerosos autores lusófonos, faleceu terça-feira, 25 de Novembro, aos 62 anos, após doença prolongada.
Laban nasceu em 1946, em Constantine, na Argélia.
Obteve o seu título de Doutor em 1979, com um estudo dedicado a Luandino Vieira,
Entre 1991 e 1998 procedeu à publicação, através de uma edição da Fundação Eugénio de Almeida, de um conjunto de volumes da série ‘Encontro com escritores', englobando Angola, Moçambique e Cabo Verde, em que entrevistou os mais importantes autores das literaturas lusófonas africanas.
Laban foi também tradutor para Francês de numerosas obras de escritores de Língua Portuguesa, tanto africanos como portugueses e brasileiros.
Entre as obras por si traduzidas contam-se A Balada da Praia dos Cães, Alexandra Alpha e Valsa Lenta, do português José Cardoso Pires, Nós, os de Makulusu, João Vêncio: os seus amores e No antigamente, na vida, do angolano Luandino Vieira, O Espírito das Águas, do angolano Pepetela, Nós Matámos o Cão Tinhoso, do moçambicano Luís Bernardo Honwana, Chiquinho do cabo-verdiano Baltazar Lopes, e Insónia, do brasileiro Graciliano Ramos.Confira
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