Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

AUMENTO DO DESEMPREGO E DA PRECARIDADE



No 3º trimestre de 2008 o desemprego atingiu 569 mil portugueses; os desempregados com ensino superior aumentaram em 44%; e menos da metade dos desempregados recebe o subsidio respectivo. Confira aqui A reboque da direita, mais conservadora, e a pretexto da transparência do subsídio de desemprego, forjam-se as situações e os pretextos mais caricatos, desonestos e prepotentes de que há memória. Menorizam-se os trabalhadores como se eles fossem a causa e a origem dos grandes crimes que dilaceram a economia portuguesa.
É demagogia, é fraude, falar-se em democracia sem justiça social. E mais:é irrisório evocar-se a maioria para, numa suposta democracia, esmagarem-se os direitos dos trabalhadores. É abusivo, é antidemocrático governar-se contra quem tem a capacidade política e jurídica de eleger os seus representantes. É roçar a fronteira do autoritarismo e do abuso do Poder e da promiscuidade com a deliquência financeira quando se injectam capitais em bancos abandonados no lodaçal pelos seus administradores. É também um insulto aos trabalhadores, aos desempregados involuntários, aos trabalhadores precários e a todas as pessoas de bem, num país onde o combate à grande criminalidade económica tem sido sistematicamente adiado.
É altura de dizer basta. Ninguém pode situar-se à margem da lei, incluindo os governos, embora estes produzam as leis à sua medida em função de regras pré-estabelecidas e que não colidam com os seus interesses fundamentais
É urgente completar Abril e extirpar as condições facilitadoras de autoritarismos e de adulterações grosseiras no projecto de edificação de uma sociedade verdadeiramente democrática

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