Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A DENÚNCIA DO NEOCOLONIALISMO

O «despertar» do interesse por África nos últimos anos foi acompanhado por um reforço da presença militar das potências imperialistas, nomeadamente dos Estados Unidos, a par de uma crescente exportação de capitais para o continente, onde o total dos fluxos de capitais privados líquidos aumentou 26 vezes face a 2000 e o investimento directo estrangeiro triplicou.
Assim,a questão central reside nas relações imperialistas entre centro e periferia. O sistema capitalista vigente, assente na promoção das exportações e na imposição de uma determinada divisão internacional de trabalho, permite não só rentabilizar o capital exportado do seu centro, mas também servir os interesses geoestratégicos das principais potências imperialistas. As divisas obtidas pelos países da periferia do sistema, com base na exportação de matérias-primas que obedecem a preços mundiais cotados em dólares, são insuficientes para pagar o serviço da dívida e responder às necessidades das populações, para além de alimentarem as burguesias locais compradoras. Esta periferia serve como ponto de fornecimento de matérias-primas e de mão-de-obra barata, como centro de re-exportação sobre o domínio estratégico das grandes empresas multinacionais e das grandes potências imperialistas. Excertos dum artigo publicado no Diário.info

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