Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 22 de abril de 2009

MOÇAMBIQUE: O MDM E A ESQUERDA ENVERGONHADA

A falência da RENAMO e do seu líder, está na base da recente criação do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Aliado a isto, surge o desconforto, o inconformismo, de uma nova geração que não participou na guerra,e que não pode ser apelidada de bandidos armados, mas que deseja retirar o País do lodaçal politico.
Basicamente constituído por dissidentes da RENAMO, os seus militantes situam-se ideologicamente na área da direita.
Noutros territórios da ideologia, as coisas ainda não amadureceram, provavelmente. O ímpeto revolucionário e socializante da FRELIMO, pertence ao passado. Completamente descaracterizada e esvaziada de valores de esquerda, encontra-se na defensiva. O chamado socialismo democrático é uma área opaca e traduz-se numa fuga para a frente.
A moralização da vida politica em Moçambique, que consitui um dos objectivos do MDM, pode muito bem ser o pretexto, a rampa de lançamento, para que a esquerda envergonhada e minoritária possa emergir e contribuir para tornar possível o impossível, aprendendo a ler os sinais que a sociedade emite.
A esclerose, em politica, exige uma terapêutica específica que só pode ser ser encontrada no seio dos trabalhadores e dos cidadãos em geral.

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