Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quinta-feira, 4 de junho de 2009

OEA REVOGA DECRETO QUE EXPULSAVA CUBA DO SISTEMA INTERAMERICANO

Com pressão de entidades civis e governos latino-americanos, os países-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) revogaram hoje (3) o decreto que não permitia Cuba fazer parte do Sistema Interamericano e, com isso, fazer parte da organização, e ter direitos legais sobre diferentes tópicos, inclusive o económico. A derrogação do decreto, firmado há 47 anos pela organização, foi aprovada por consenso durante a 39ª Assembleia Geral da OEA, realizada desde segunda (1º) até hoje (3), em São Pedro de Sula, Honduras.
Ontem, durante a Assembleia, os chanceleres da OEA haviam decidido criar um grupo de trabalho para avaliar o fim do decreto de expulsão do país caribenho. A proposta foi dada pelo representante brasileiro e apoiada pela presidente da Assembleia, a chanceler hondurenha Patrícia Rodas.
A ilha seguia excluída do Sistema Internacional desde a resolução de 1962 de Ponta do Leste (Uruguai). Na época, os Estados Unidos acusou Cuba de receber armas da China e união Soviética, conhecidos como o bloco de países comunistas.
Desde que começou o encontro com os representantes de Estados foram muitos os pedidos e pressões pela derrogação da medida, considerada "um erro histórico contra Cuba". Mandatários e representantes da Venezuela, Equador e Honduras foram os mais enfáticos pelo fim do bloqueio à ilha.
Na segunda, movimentos sociais da América Central emitiram um documento reafirmando a política "DE ingerência" dos Estados Unidos para com a ilha e criticaram, justamente, a função que a OEA tem exercido desde sua fundação, como um instrumento a serviço do governo norte-americano.
Diante da ratificação da resolução da 39ª Assembleia, o governos cubano deverá decidir se aceita o não voltar ao grupo de países-membros da OEA. Em seu último comunicado público, o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, reafirmou que sua nação não tem interesse em fazer parte da organização.
Em texto, a Assembleia, definiu dois pontos. O primeiro: "que a Resolução VI adoptada no dia 31 de Janeiro de 1962 na Oitava reunião de Consulta de Ministro de Relações Exteriores, mediante a qual se excluiu o Governo Cubano de sua participação no Sistema Interamericano, fica sem efeito na Organização dos Estados Americanos".
E o segundo: "Que a participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado por solicitação do Governo de Cuba e de conformidade com as práticas, propósitos e princípios da OEA". Retirado de
ADITAL

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