BARACK OBAMA E O GOLPE NAS HONDURAS
Barack Obama projectou uma imagem aceitável nos âmbitos internacionais; mesmo Fidel Castro reconhece isso. Porém, sua retórica está em conflito com seu poder real. Obama ganhou a presidência dos EUA; porém, não o poder imperial. Não controla nem o Pentágono, nem a política exterior (Carmelo Álvarez)
É frustrante e amargo perceber as realidades que rodeiam a presidência dos Estados Unidos. Às vezes penso que Obama sente-se muito mais cómodo na presidência do que George W. Bush. Era evidente o rosto incómodo e o sofrimento penoso de Bush durante sua presidência!
Chegar até a Sala Oval da Casa Branca não é um processo simples. Imagino que quando se chega ali, coça-se a cabeça e diz-se: "Meu Deus, onde me meti". Estou quase certo de que Obama fez essa mesma pergunta.
Devo sublinhar algo: tenho simpatia por Obama como pessoa. É inteligente. E a presidência não o incomoda. Porém, sejamos honestos, a presidência dos EUA não obedece a um indivíduo; nunca foi assim. É uma instância manejada por poderes justapostos e rodeados por múltiplos interesses que têm poderes económicos extraordinários
Barack Obama projectou uma imagem aceitável nos âmbitos internacionais; mesmo Fidel Castro reconhece isso. Porém, sua retórica está em conflito com seu poder real. Obama ganhou a presidência dos EUA; porém, não o poder imperial. Não controla nem o Pentágono, nem a política exterior. Esse é o verdadeiro poder em Washington. O Congresso e o Senado obedecem, na maioria dos casos, a esses interesses mais do que aos ditames da Casa Branca.
O poder imperial dos Estados Unidos é mais do que uma presidência; é um monstro, dizia nosso José Martí. Enquanto isso, esperaríamos um giro em Honduras que nos surpreendesse e que demonstrasse a cortesia e a dignidade presentes na tentativa, apesar de tímida, de chegar a processos democráticos. Não sou muito optimista. Uma vez mais, os Estados Unidos demonstram do que são capazes para manter seu poderio: recorrer à hipocrisia, à mentira e à extorsão, para continuar imperando. Essa tem sido sua estratégia. Os impérios não mudam tão facilmente.(excertos daqui)
Chegar até a Sala Oval da Casa Branca não é um processo simples. Imagino que quando se chega ali, coça-se a cabeça e diz-se: "Meu Deus, onde me meti". Estou quase certo de que Obama fez essa mesma pergunta.
Devo sublinhar algo: tenho simpatia por Obama como pessoa. É inteligente. E a presidência não o incomoda. Porém, sejamos honestos, a presidência dos EUA não obedece a um indivíduo; nunca foi assim. É uma instância manejada por poderes justapostos e rodeados por múltiplos interesses que têm poderes económicos extraordinários
Barack Obama projectou uma imagem aceitável nos âmbitos internacionais; mesmo Fidel Castro reconhece isso. Porém, sua retórica está em conflito com seu poder real. Obama ganhou a presidência dos EUA; porém, não o poder imperial. Não controla nem o Pentágono, nem a política exterior. Esse é o verdadeiro poder em Washington. O Congresso e o Senado obedecem, na maioria dos casos, a esses interesses mais do que aos ditames da Casa Branca.
O poder imperial dos Estados Unidos é mais do que uma presidência; é um monstro, dizia nosso José Martí. Enquanto isso, esperaríamos um giro em Honduras que nos surpreendesse e que demonstrasse a cortesia e a dignidade presentes na tentativa, apesar de tímida, de chegar a processos democráticos. Não sou muito optimista. Uma vez mais, os Estados Unidos demonstram do que são capazes para manter seu poderio: recorrer à hipocrisia, à mentira e à extorsão, para continuar imperando. Essa tem sido sua estratégia. Os impérios não mudam tão facilmente.(excertos daqui)
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