Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ORTEGA DENUNCIA PARTICIPAÇÃO DOS EUA NO GOLPE DAS HONDURAS

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, denunciou, na última sexta-feira (14), que os golpistas hondurenhos usaram a base militar estadunidense de Soto Cano (Palmerola) para levar sequestrado o presidente Manuel Zelaya até Costa Rica.
Ao encerrar o ato pelo 29º aniversário da fundação da Força Naval do Exército da Nicarágua, Ortega disse que Washington não ignorava que se deflagrava um golpe de Estado em Honduras.
A rota do voo que saiu da base militar de Soto Cano para sequestrar e deportar ao presidente da nação vizinha está registrada, indicou. Ortega foi categórico ao afirmar seu desacordo em que os Estados Unidos intervenham com tropas em Honduras para que Zelaya regresse ao poder.
Uma coisa é o acordado nos organismos internacionais, como a ONU e a OEA, condenando o golpe, e outra que, agora, Washington tenha que resolver o problema do país centro-americano.
"O povo de Honduras é que vai resolver o problema e é a esse povo a quem vamos dar nosso apoio", disse.
Segundo o mandatário, seria fatal para os povos da América Latina acatar um mal precedente com uma intervenção de forças militares estadunidenses.
Nós, acrescentou Ortega, estamos de acordo que seja o povo de Honduras que decida sobre seu próprio destino e aí vemos a esse povo fazendo sua luta. Esses milhares de homens e mulheres que têm se manifestado nestes dias não são estrangeiros, são hondurenhos e hondurenhas.(in Adital)

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