Nós, da CONCP, queremos que nos nossos países martirizados durante séculos, humilhados, insultados, nunca possa reinar o insulto, e que nunca mais os nossos povos sejam explorados, não só pelos imperialistas, não só pelos europeus, não só pelas pessoas de pele branca, porque não confundimos a exploração ou os factores de exploração com a cor da pele dos homens; não queremos mais a exploração no nosso país, mesmo feita por negros. Lutamos para construir, nos nossos países, em Angola, em Moçambique, na Guiné, nas Ilhas de Cabo Verde, em S. Tomé, uma vida de felicidade, uma vida onde cada homem respeitará todos os homens, onde a disciplina não será imposta, onde não faltará o trabalho a ninguém, onde os salários serão justos, onde cada um terá o direito a tudo o que o homem construiu, criou para a felicidade dos homens. É para isso que lutamos. Se não o conseguirmos, teremos faltado aos nossos deveres, não atingiremos o objectivo da nossa luta”. AMILCAR CABRAL

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

JOÃO PAULO BORGES COELHO É O VENCEDOR DO PRÉMIO LEYA 2009

O escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho é o vencedor do Prémio Leya 2009.
O romance vencedor é, segundo o júri, “de grande intensidade, em que se conjugam a complexidade das personagens, a densidade da trama e a busca de “O Olho de Hertzog, que é de certo modo , uma metáfora da demanda do destino individual e colectivo do nunca desvendado mistério do ser”.
João Paulo Constantino Borges Coelho, doutorado em História Económica e Social pela Universidade de Bradford, no Reino Unido, é um dos muitos intelectuais moçambicanos que têm as suas raízes fora da África Austral e que assim conseguiram enriquecer o espólio cultural da jovem nação, em cujos pergaminhos coexistem um Mia Couto e um Malangatana, um Craveirinha e um Aquino de Bragança. (Excerto retirado
daqui)
JPBC, nasceu no Porto em 1955 filho de pai português e mãe moçambicana mas desde criança a viver em Moçambique.
Nota: O Prémio Leya tem por objectivo incentivar a produção de obras originais de escritores de língua portuguesa, e destina-se a galardoar uma obra inédita de ficção literária, na área do romance, que não tenha sido premiada em nenhum outro concurso.
ADENDA: Para "uma boa leitura" de JPBC sugiro a leitura deste post, aqui

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